Situação da saúde pública ao redor do mundo será discutida em Brasília

05/12/2003 - 12h00

Milena Galdino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Ministros da Saúde de onze países e representantes de organismos mundiais de saúde participam, em Brasília, do Seminário Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde. O encontro, que acontece durante o fim de semana, deve analisar a evolução da saúde em todo o mundo desde a conferência ocorrida em 1978 na cidade de Alma-Ata, no Cazaquistão.

Há 25 anos, o grupo de 134 países e 67 organismos internacionais se comprometeu a trabalhar para que, até o ano 2000, a totalidade dos seus habitantes tivessem acesso gratuito e universal a todos os tipos de tratamentos de saúde.

Na avaliação dos coordenadores do Seminário de Alma-Ata, apesar de significativas melhoras, os países falharam em cumprir o objetivo. O subdiretor da Organização Mundial de Saúde, David Tejada de Rivero, principal organizador de Alma-Ata, acredita que o maior erro dos países foi considerar saúde como o oposto de doença. "O conceito de saúde não foi entendido em toda sua complexidade sócio-econômica, uma vez que áreas como educação e trabalho devem ser desenvolvidas paralelamente à saúde", diz.

Participam do seminário em Brasília representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a infância (Unicef) e representantes do Brasil, Bolívia, Cazaquistão, África do Sul, Angola, Argentina, Peru, Uruguai, Índia, Venezuela e Suriname.