Brasília, 5/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, apresentou um cardápio extenso de assuntos econômicos na conversa que teve hoje com empresários do setor produtivo, com o objetivo de persuadi-los a investir no Brasil. Os temas discutidos foram desde a estabilidade monetária até biossegurança, passando pelos setores de infra-estrutura, energia, reforma tributária, mudanças na cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e negociações sobre a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

"Não se discutiu nada especificamente. Simplesmente estamos dizendo que o Brasil como um todo tem que ser competitivo", afirmou Henrique Herbert Ubrig, representante da DuPont do Brasil, ao deixar o encontro.

Os empresários saíram satisfeitos da conversa e, embora nenhum tenha apresentado claramente seus planos de investimento, todos disseram estar dispostos a investir. "Estamos aqui há mais de cem anos e acreditamos nos próximos cem anos", disse o representante da Ericson, Peter Kallberg. "Estabilidade é um fator muito importante, estabilidade financeira e estabilidade das regras do jogo", acrescentou.

"O governo está solicitando que os empresários venham e conversem com o governo. Isso é muito positivo, não existia no passado, e acho que essa abertura realmente ajuda no diálogo", disse o representante do setor farmacêutico Mário Grieco, da Bristol-Myers Squibb, anunciando que esse gesto vai facilitar os investimentos da multinacional no Brasil.

Henrique Herbert Ubrig aposta num crescimento da economia maior que os 3,5% projetados para os próximos três anos. "Esse índice pode ser muito maior". Ele destacou a tendência de queda dos juros e do risco-país.

"Temos um cenário muito mais favorável, muito mais positivo, uma série de ações estão concluídas e encerradas. Obviamente o país precisa agora avançar em crescimento, investimento, emprego e criação de novas oportunidades", disse Ubrig.