Brasília, 5/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou hoje que, com a não cumulatividade da cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), a grande maioria das empresas industriais, comerciais e de serviço terá redução de imposto. "O fim da cumulatividade da Cofins melhora a alocação de recursos na economia", disse o ministro.
Segundo Palocci, imposto cumulativo tende a verticalizar grandes ramos da produção e piorar o ambiente econômico e "destruir pequenas empresas". De acordo com ele, a não cumulatividade vai multiplicar pequenas empresas com valorização dos serviços prestados com a compensação do crédito do imposto que não é cumulativo. "É uma visão muito pequena olhar apenas as questões com relação à mudança de alíquota", afirmou o ministro.
De acordo com o ministro, há uma alteração profunda no conceito do imposto e "isso vai mudar a maneira como as empresas alocam seus recursos. Não é à toa que o setor produtivo pede a não-cumulatividade há mais de dez anos".
Para Palocci, não há motivos de preocupação em relação aos "enormes benefícios" que a Cofins traz quando ela perde seu caráter cumulativo.