Fernanda Venturini disputa sua última Superliga

05/12/2003 - 16h37

Brasília, 5/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - A jogadora de vôlei Fernanda Venturini prepara-se para disputar a sua última Superliga. Aos 33 anos, a levantadora da Finasa quer fechar a carreira com a conquista de seu 11º título de campeã brasileira e da inédita medalha de ouro na Olimpíada de Atenas. Depois dos Jogos Olímpicos, a jogadora, casada com o técnico Bernardinho, quer cuidar da filha Júlia, que completa 2 anos no próximo dia 17, e engravidar novamente, dando prioridade à família.

Uma das melhores levantadoras do vôlei mundial, Fernanda está bastante animada para a disputa da competição, que será aberta neste sábado (6), com o jogo da Finasa contra o Açúcar União/São Caetano, às 15h30, no ginásio Professor José Liberatti, em Osasco. "Esta vai ser realmente uma Superliga especial em muitos sentidos. Vai ser a última de minha carreira, na qual vou tentar o 11º título brasileiro e o primeiro com a marca Finasa", comentou. "O torneio vai ser importante também porque as jogadoras vão usar a competição para se preparar para a Olimpíada de Atenas."

A jogadora inclui a Finasa entre os maiores favoritos ao título. Ela lembra que o time de Osasco conta com a melhor estrutura de treinamento do país, com um grupo forte de atletas e uma comissão técnica vitoriosa. "Temos tudo o que é necessário à disposição e na quadra só podemos dar a nossa parte, que é o trabalho e a dedicação. Temos condições de brigar pelo título, sempre respeitando os outros times, que também querem o primeiro lugar", analisou a atleta, que voltou à seleção brasileira depois de cinco anos de ausência e comemorou o título sul-americano e a medalha de prata na Copa do Mundo do Japão, classificação que deu a vaga para o Brasil na Olimpíada da Grécia. "Rexona, MRV/Minas, São Caetano e Campos também têm equipes fortes".

Fernanda acha importante estrear na Superliga com um bom resultado. "Começar ganhando é sempre muito bom, ainda mais contra um adversário forte como o Açúcar União", afirmou a levantadora paulista, que não esconde a sua preocupação com a Olimpíada. "Ao contrário da China, que tem uma equipe muito forte e vai começar a treinar para Atenas em fevereiro, nós vamos disputar a Superliga até o fim de abril. Só vamos começar os treinos em maio. Por isso, temos de estar bem. Quero encerrar minha carreira com chave de ouro, tanto na Superliga como na Olimpíada".

A família é prioridade para a atleta. Ela quer engravidar depois da Olimpíada e acompanhar mais de perto o crescimento de Júlia. "Ela vai fazer 2 anos. Por enquanto, tem me acompanhado bastante, mas logo logo vai ter exigências maiores. Quero ter outro filho. Estou no vôlei há muito tempo e está chegando a hora de parar", completou.