Brasília, 23/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - A América Latina e o Caribe concentram mais de 150 milhões de negros e decendentes. Só no Brasil, os afro-descendentes somam cerca de 79 milhões de pessoas. O traço comum entre eles é a discriminação e a desigualdade de condições no acesso ao trabalho, à saude, à educação e à vida em sociedade.
A denúncia consta da Carta de Brasília, aprovada hoje, ao final do I Encontro de Parlamentatares Negros das Américas e do Caribe. Durante três dias, parlamentares de vários países da região discutiram políticas públicas para os negros e afro-decendentes. Segundo o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial, deputado Luiz Alberto (PT-BA), o encontro serviu para traçar um disgnóstico da situação.
O documento aprovado hoje firma o compromisso de luta na América Latina e Caribe em defesa da igualdade racial e pelo bem estar e inclusão das comunidades afro-descendentes. O compromisso inclui esforços conjuntos para que "as demandas reprimidas por séculos de exploração e desestruturação material façam parte da agenda política dos países participantes do evento".