Rio, 3/9/2003 (Agencia Brasil-ABR) - O setor supermercadista, que faturou R$ 80 bilhões no ano passado e responde por cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, espera reverter, até dezembro, a queda de 1,5% nas vendas do primeiro semestre e fechar o ano próximo a zero, resultado que o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Carlos de Oliveira, considera mais realista.
Segundo ele, a estimativa é repetir o faturamento do ano passado. Em janeiro deste ano, a projeção de crescimento era de 2%, o que zeraria a perda acumulada de 1998 a 2002, informou. Depois de reavaliação, a projeção para crescimento caiu para entre zero e 1%.
Oliveira reafirmou hoje que a retração nas vendas resulta da situação de mercado registrada ao longo do período, por conta da queda na renda do consumidor, que passou a comprometer maior volume de recursos com o pagamento de tarifas públicas. Além disso, o endividamento da população elevou os níveis de inadimplência.
O presidente da Abras acredita que essa situação vai perdurar até o fim deste trimestre. Ele espera, entretanto, que com as medidas macroeconômicas que o governo vem adotando - como a redução dos juros, a diminuição do compulsório dos bancos e a aprovação das reformas, que trarão expectativa positiva para o consumo e para o mercado como um todo - o setor chegue ao último trimestre em situação melhor do que nos trimestres anteriores.