Agência Brasil com informações da CNN e Lusa
Jerusalém - O primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, pedirá mais poderes ao parlamento para negociar a paz no Oriente Médio, ou renunciará ao cargo, segundo disse o ministro da Informação da Autoridade Palestina, Nabil Amr.
Ele pedirá ao Parlamento mais poderes e caso não receba ele decidirá o que fazer, informou o ministro, negando trata-se de ultimatum o pedido de Abbas que fará, nesta quinta-feira, balanço dos seus 100 dias de governo.
Ao submeter seu nome a um voto de confiança do Parlamento e sair vitorioso, Abbas poderá fortalecer sua posição em relação ao presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat.
Isso porque, nesse caso, o premiê provaria que tem o apoio da maioria dos parlamentares para as políticas que quer implementar.
Abbas tem estado sob forte pressão de Israel e de instituições internacionais que apóiam o plano de paz para a região. Eles querem que o primeiro-ministro convença os grupos radicais palestinos a suspenderem os ataques a alvos israelenses.
O mapa do caminho para a paz(road map) - de iniciativa dos Estados Unidos, ONU, União Européia e Rússia -- visa o fim do conflito palestino-israelense e estabelece um estado palestino independente em 2005.
Arafat, disse à CNN na terça-feira que as recentes ações militaraes de Israel havia matado o plano de paz.
Na entrevista, Arafat, confinado há 20 meses ao seu quartel-general de Ramallah pelo exército israelense, também negou qualquer ruptura com o primeiro-ministro Abbas, sustentando que as divergências existentes foram exageradas por Israel, de modo a provocar divisões e causar problemas à liderança palestina.