Brasília, 26/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os líderes do PFL e do PSDB comunicaram, há pouco, ao presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP) que vão se colocar em obstrução na votação de hoje da reforma da Previdência. Segundo o líder do PSDB, Jutahy Júnior (BA), e o deputado Antônio Carlos Magalhâes Neto (PFL-BA), a oposição só aceita votar a reforma da Previdência caso sejam concluídas as discussões sobre a reforma tributária na Comissão Especial.
"Não vamos votar contra, mas o PFL e o PSDB fecharam questão e decidiram não votar o segundo turno da Previdência hoje", disse ACM Neto. Segundo o parlamentar, tão logo o governo se mostre disposto a negociar a reforma tributária, a oposição aceita votar a proposta e, como no primeiro turno, contribuirá para a sua aprovação. Mas ele avalia que isso só será possível amanhã (27). "Amanhã, até dá prá votar, mas hoje a gente não vota", garantiu o parlamentar baiano.
Sobre a possibilidade de o governo insistir em realizar a votação ainda hoje, os líderes da oposição lembraram que cabe ao governo garantir os 308 votos mínimos para a aprovação da PEC. "O João Paulo está informado que não votaremos. Se insistirem e tiverem número, que votem", disse Jutahy Júnior.