Governo quer aumentar participação do café brasileiro no mercado internacional

26/08/2003 - 15h38

Brasília, 26/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O governo federal pretende estimular o consumo de café, agregando valor ao produto, além de incentivar a participação dos produtores no mercado mundial de café, para tentar superar a crise por que passa o setor cafeeiro. Com as medidas de apoio à produção e à comercialização do café, o governo pretende reduzir a taxa de juros de 13% para 9,5% e destinar uma linha de crédito de R$ 300 milhões para colheita e estocagem.

Segundo o secretário de Produção e Comercialização, Linneu Costa, o negócio mundial do café gera US$ 80 bilhões e os produtores estão recebendo apenas US$ 5,7 bilhões porque os países que importam café estão melhorando a qualidade do produto. Além dessas medidas, o governo quer incluir também o café na política de preços mínimos (PGPM), para que seja possível financiar o estoque de produção e os produtores possam conseguir recursos sem vender o produto, esperando, assim, a estabilização do mercado.

Essas iniciativas foram apresentadas hoje como novas propostas a serem adotadas pelo governo, em reunião de apresentação do plano de opções para os representantes da Costa Rica, Honduras, Guatemala, El Salvador, Colômbia, México e Nicarágua.

De acordo com o diretor-superintendente do Conselho Nacional de Café, Manoel Bertone, o Empréstimo do Governo Federal (EGF) nas linhas de produção de café pode gerar para a agricultura R$ 500 milhões em finaciamentos da produção safra/ano.

"Este instrumento fortalece a política cafeeira para 2004. Acreditamos que o mercado de café precisa de uma parceria maior entre os setores da produção interna e de uma forte interlocução com os demais países produtores e com agentes no mercado de trabalho", afirmou Bertone.