São Paulo, 26/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A expansão de refinarias de petróleo paulistas, a ampliação das fábricas de plástico e o uso do gás na indústria de São Paulo foram os três assuntos tratados hoje, no Palácio dos Bandeirantes, na reunião da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e os secretários estaduais de Ciência e Tecnologia, João Carlos de Souza Meirelles, da Fazenda, Eduardo Guardia e de Energia e Recursos Hídricos, Mauro Arce.
Segundo João Carlos Meirelles, a ministra definiu que a Petrobras fará o "up-grade" de quatro refinarias paulistas, nos municípios de Mauá, São José dos Campos, Cubatão e Paulínia, que têm maior peso na economia do país. "Up-grade significa não uma expansão apenas, mas uma mudança do perfil do refino, no sentido de poder trabalhar mais com o petróleo pesado, que é principalmente o explorado na Bacia de Campos, no Rio", explicou o secretário. Ele disse que a medida vai proporcionar aumento da produção de óleo diesel e querosene de aviação. "Hoje, com o perfil do refino, nós produzimos muita gasolina e pouco óleo diesel em relação às possibilidades", revelou.
Sobre ampliação da indústria de plástico em São Paulo, principalmente no que diz respeito à produção de polipropileno, utilizado largamente em produtos como garrafas "pet", Meirelles informou que há vários empresários interessados. "Eles querem promover a expansão, mas para isso precisam que a Petrobras disponibilize o gás (propeno) que hoje não está sendo disponibilizado".
Quanto ao uso do gás pela indústria paulista, os participantes da reunião discutiram o preço e o aumento da produção na Bacia de Santos. Em relação ao preço, o governador pediu à ministra mudanças na média praticada. "O primeiro pleito é para que nós pudéssemos balizar o uso do gás para a indústria de São Paulo, e até para o consumo doméstico, pelo preço de Campos", disse o secretário, informando que o gás da Bolívia é mais caro. Foi definido que, na impossibilidade de fazer isso, se chegasse a uma média dos dois preços.
O governador sugeriu, também, o desenvolvimento de um programa conjunto pelo estado e o ministério, para incentivar o uso do gás natural na indústria de São Paulo. Meirelles informou que as indústrias de cerâmica, por exemplo, que já usam o gás como fonte de energia, se tornaram muito mais competitivas que as outras. Ele acrescentou que a proposta encontrou grande ressonância na posição da ministra Dilma Rousseff.