Funasa realiza este mês reuniões do programa de controle à dengue no Rio e Salvador

12/01/2003 - 8h26

Brasília, 12/1/2003 (Agência Brasil - ABr) - Rio de Janeiro e Salvador vão realizar, nos dias 17 e 24 de janeiro, respectivamente, reuniões do Programa Nacional de Controle à Dengue. Segundo a Assessoria de Comunicação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o objetivo será discutir ações para se reverter o alto índice da doença, que cresce a cada ano.

Em 2002, o número de casos de dengue foi bem superior em relação ao ano de 2001, que registrou 428.117 mil casos no Brasil. No estado do Rio de Janeiro, foram 68.438 mil pessoas infectadas, contra 15.781 em Pernambuco.

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 80 milhões de pessoas em cem países se infectem anualmente, exceto no continente europeu. Nas Américas, o mosquito causador da dengue - o Aedes aegypti - é encontrado desde os Estados Unidos até o Uruguai, com exceção apenas do Canadá e do Chile, por razões climáticas e de altitude.

No Brasil, em 2002, 745 mil pessoas foram infectadas. O maior número de casos ocorreu no Rio de Janeiro e Pernambuco, com 250.116 casos, respectivamente. No Distrito Federal foram 6,5 mil registros, segundo a Funasa.

No entanto, segundo o diretor do Centro Nacional de Epidemiologia da Funasa, Jarbas Barbosa, este ano o controle da doença no Brasil será maior. Para evitar a ocorrência de outra epidemia, em julho último a Funasa lançou o Programa Nacional de Controle da Dengue, com recursos de R$ 1 bilhão. As metas do programa são a redução em 50% do número este ano em relação a 2002 e em mais 25% nos anos seguintes.

O programa objetiva também reduzir a menos de 1% os óbitos por dengue hemorrágica em todo o país. "Estamos bastante otimistas em relação à redução do número de casos da dengue em todas as regiões brasileiras, mas não podemos entregar os pontos e achar que a batalha já está ganha", disse Barbosa.

Os criadouros do mosquito podem ser eliminados ou controlados com ações mecânicas, dispensando o uso de produtos químicos para eliminar as larvas ou os insetos adultos. Nove em cada dez focos do Aedes estão localizados nas unidades domiciliares. Por isso, é de fundamental importância a participação da população na eliminação ou tratamento dos criadouros do mosquito.

Para eliminar o mosquito, basta ter alguns cuidados básicos, como evitar deixar água parada em pratos, bacias e pneus, principalmente no verão, período do ano que chove muito.

IDM