Italiano que tentou sequestrar avião da Alitália aparece morto na prisão

07/12/2002 - 13h16

Brasília, 7/12/2002 (Agência Brasil - ABr/CNN) - O italiano Stefano Savorani, que no fim do mês passado tentou seqüestrar um avião da Alitalia durante um vôo entre Bologna e Paris, foi encontrado morto em sua cela na prisão de Saint-Paul-Saint-Joseph, no sul da França.

A Polícia disse não haver dúvidas de que Savorani tenha cometido suicídio. "Ele se enforcou", declarou uma fonte. "Ele estava sozinho na cela".

A direção da prisão vinha investigando a morte inexplicável do companheiro de cela de Savorani na unidade psiquiátrica do prédio.

Savorani disse que estava dormindo quando o corpo do colega foi achado, na noite de quarta-feira.

Horas antes, segundo Savorani, os dois estavam "brincando" de colocar sacos plásticos na cabeça. Não foi detectada qualquer lesão no corpo do companheiro de cela do italiano.

Ex-policial com histórico de problemas psiquiátricos, Savorani alegou ser membro da rede terrorista Al Qaeda quando tentou seqüestrar o avião da Alitalia, no último dia 27.

Na ocasião, Savorani invadiu a cabina do piloto com um controle remoto na mão e disse que ia explodir o avião, que levava 57 passageiros e sete tripulantes.

O avião acabou sendo desviado para Lyon, sem que ninguém ficasse ferido. Savorani permitiu que todas pessoas saíssem e, em seguida, entregou-se à Polícia. Nenhum explosivo foi encontrado a bordo.

As autoridades descreveram a tentativa de seqüestro como a ação isolada de uma só pessoa, claramente perturbada.

Savorani foi afastado da Polícia de Vercelli, no norte da Itália, em 1997, após sofrer repetidas repreensões devido a falhas de comportamento.

Em abril de 1998, Savorani tentou seqüestrar um trem-bala que seguia de Milão para Roma. Apontando um revólver roubado de um policial para a cabeça do maquinista, exigiu que a composição fosse desviada para Paris.

No ano seguinte, novo incidente. Savorani rendeu-se a autoridades francesas após desviar um avião da Air France de Marselha para Paris, alegando que tinha uma bomba com controle remoto.

Savorani não foi proibido de embarcar em nenhuma das ocasiões porque havia recebido alta de um tratamento psiquiátrico e nem respondia a qualquer processo. Sua mãe disse que o rapaz, de 29 anos, era esquizofrênico e havia sido internado várias vezes antes de realizar os seqüestros.

As informações são da CNN.