Brasília, 7/12/2002 (Agência Brasil - ABr/CNN) - Com um atraso de três dias – um fato inédito na história das missões de ônibus espaciais da Nasa – o Endeavour retornou a solo firme neste sábado, pousando no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
Depois da longa espera, causada pelo mau tempo nos Estados Unidos, dois russos e uma norte-americana que passaram seis meses no espaço finalmente puderam ver, da janela do ônibus espacial, os continentes por inteiro, durante a aproximação da Terra.
No começo da tarde, as condições climáticas melhoraram o suficiente para permitir o fim da missão, que durou 14 dias. O Endeavour foi direcionado à sua primeira opção de pouso.
A Nasa havia determinado que o ônibus espacial teria que retornar neste sábado, de qualquer jeito. A Base Edwards da Força Aérea, na Califórnia, foi posta em alerta para receber a nave no caso de o tempo voltar a impedir a aterrissagem na Flórida.
Com o pouso no Centro Espacial Kennedy, a Nasa deixou de gastar US$ 1 milhão – o custo de ter que, posteriormente, levar o ônibus espacial de volta à Flórida para um futuro lançamento.
Os mais ansiosos com as notícias meteorológicas eram os russos Valery Korzun e Sergei Treschev e a norte-americana Pegyy Whitson, que ficaram um mês a mais do que o planejado na estação espacial internacional (ISS), ou Alpha.
O trio agora passará por semanas ou até meses de recuperação, período em que seus corpos terão que se readaptar à gravidade.
Outros quatro astronautas estavam a bordo do Endeavour, que teve como principal missão uma visita à Alpha. O ônibus espacial passou uma semana acoplado à plataforma, que recebeu uma viga nova, avaliada em 390 milhões de dólares.
Para concluir a instalação, Michael Lopez-Alegria e John Herrington, o primeiro astronauta norte-americano com ascendência indígena a visitar o espaço, realizaram três caminhadas espaciais.
Além de trazer Korzun, Treschev e Whitson de volta, o Endeavour levou uma nova equipe de "hóspedes" para a Alpha: os norte-americanos Kenneth Bowersox e Donald Pettit e o russo Nikolai Budarin ficarão na estação internacional por quatro meses.
As informações são da CNN.