Brasília, 7/12/2002 (Agência Brasil – ABr) – Especialistas brasileiros e produtores de cogumelos começam a se organizar para aumentar a produção do fungo e disseminar a cultura do produto no país. Nos próximos anos, a meta do setor é produzir cogumelos de qualidade para exportar, principalmente, para mercados orientais, como Japão e China, os maiores produtores e consumidores deste tipo de alimento. Ao contrário do Brasil, os países orientais são consumidores milenares do fungo, principalmente das variedades conhecidas como Rei e Sol. Entretanto no Brasil, o setor ainda é pouco desenvolvido. Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o número de produtores brasileiros de cogumelos não passa de 100. Na capital federal, por exemplo, apenas sete produtores se dedicam à atividade.
Para discutir como organizar esse mercado no país, mais de 300 especialistas brasileiros e do exterior reúnem-se até amanhã, no Hotel Nacional, nesta capital, no Primeiro Simpósio Internacional de Cogumelos na Alimentação. Esta é a primeira vez que especialistas chineses e japoneses vêm ao Brasil para trocar informações sobre o setor e estimular o país a cultivar e consumir cogumelos. Segundo a especialista da Embrapa e presidente do Simpósio, Arailde Fontes Urben, os japoneses estão de olho no potencial mercado brasileiro de cogumelos, já que as condições climáticas e o solo brasileirod garantem cogumelos de melhor qualidade. "Eles estão interessados nesde mercado fantástico; nós é que ainda não estamos organizados", disse. Segundo a especialista, o quilo do cogumelo desidratado já chegou a ser comercializado nos Estados Unidos a US$ 250.
Além de discutir como aumentar a oferta e a demanda pelo cogumelo, os especialistas vão discutir também as propriedades curativas do fungo. Segundo médicos e especialistas que participam do evento, o uso freqüente do produto pode ajudar a combater doenças como artrites, Aids e até câncer.