Brasília, 3/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em Paris, e o Banco Mundial estão organizando seis videoconferências sobre "Jovens e Aids" ao redor do mundo, em vários idiomas. No Brasil, o evento será nesta quarta-feira, das 11h às 13h, no auditório do Banco Mundial, em Brasília, sob a coordenação da oficial de projetos de educação e saúde da Unesco no Brasil, Cristina Raposo.
Participarão, simultaneamente, jovens de Moçambique e de Portugal. Jovens de aproximadamente 30 países de todos os continentes trocarão opiniões e experiências com relação ao tema da campanha mundial, lançada pelo Programa das Nações Unidas sobre o HIV/Aids - UNAIDS em 2003 – Preconceito e Discriminação. No contexto do Dia Mundial da Aids, 1º de dezembro, o Banco Mundial e a Unesco se propuseram a organizar uma série de debates em vídeoconferência liderados por jovens, com o foco para as questões de discriminação e preconceito em relação às pessoas que vivem com HIV/Aids.
Os debates acontecerão em árabe, francês, russo, inglês, português e espanhol, no período de 1º a 5 de dezembro. "É fato que a população de jovens é particularmente suscetível à infecção pelo HIV e, ao mesmo tempo, precisa envidar esforços para mudar o curso da epidemia. Seus comportamentos, a garantia de seus direitos, a qualidade dos serviços e o acesso a informações serão determinantes para o futuro da epidemia em qualquer país", afirmou o representante da Unesco no Brasil, Jorge Werthein. "Quando os direitos das pessoas que vivem com HIV/Aids não são respeitados, a discriminação as marginaliza e leva a epidemia para a invisibilidade".
O objetivo da vídeoconferência coordenada pelo Programa de Aids da Unesco no Brasil é trazer à tona o debate sobre a co-responsabilidade e o comprometimento do jovem com epidemia. A organização selecionou jovens na faixa etária entre 15 e 24 anos, de instituições da sociedade civil e que já possuem um envolvimento com os tema da aids. São jovens do Movimento Nacional de Escoteiros, da Agência de Notícias da Infância e Adolescência – ANDI, do Grupo Arco-Íris, Grupo Se Liga Galera, Instituto Atitude, Fundação Casa Grande e Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua.
"O aumento na tomada de consciência dos jovens, assim como o fortalecimento de suas capacidades e a promoção da educação preventiva proporcionam o entendimento de seus papéis como seres sociais e os faz co-responsáveis pela resposta de seus países aos desafios impostos pela epidemia", salientou Cristina Raposo. Os debates estarão disponíveis apenas na rede de centros de vídeoconferência do Banco Mundial.