Rio: Feema voltará à fábrica suspeita de contaminar manguezal

03/12/2002 - 19h09

Rio, 3/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - Técnicos da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) voltarão, nos próximos dias, à fábrica de parafusos Poliflix, instalada no bairro de Gradim, em São Gonçalo, na região metropolitana do Grande Rio, para fazer uma nova coleta de efluentes da empresa. A fábrica é suspeita de contaminar com óxido de zinco – substância altamente tóxica – o manguezal da favela do Gato, onde morreram aves, peixes e caranguejos, nos últimos dias.

A decisão de uma nova coleta foi tomada porque o material obtido ontem pela manhã (2) ficou comprometido por causa do incêndio no prédio da Feema, em São Cristóvão, zona norte da cidade. Em inspeção visual, os técnicos já haviam constatado nos efluentes na área da fábrica problemas relativos ao armazenamento de óxido de zinco. Eles chegaram a emitir um auto de constatação referente ao problema verificado nas instalações da Poliflix. Nos próximos dias, a indústria será notificada pela Feema e, se for comprovada responsabilidade na contaminação do manguezal, a Feema vai pedir a interdição da Poliflix, a ser decidido pela Comissão Estadual de Controla Ambiental (Ceca).