Brasília, 3/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O Brasil poderá contar, a partir de agora, com novos estudos e métodos sobre o uso racional da água e a preservação de espécies terapêuticas existentes na Caatinga e no Cerrado. Esta foi a razão do encontro promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nesta terça-feira, quando os ministros Marcus Vinícius Pratini de Moraes, da Agricultura, e José Carlos Carvalho, do Meio Ambiente, assinaram três convênios. Participaram da assinatura o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Jerson Kelman, e o diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Alberto Duque Portugal.

O primeiro convênio trata da criação de um centro de referência em gestão, conservação e uso racional da água, que reunirá em consórcio a ANA, a Embrapa e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped). O papel do centro será sistematizar e disponibilizar banco de dados sobre o tema água, e desenvolver projetos de pesquisa e de transferência de tecnologia em rede. O trabalho em rede incluirá a criação de pólos, inicialmente contemplando a bacia do São Francisco.

Os outros dois convênios prevêem a execução de estratégias para conservação e manejo sustentado da arnica e de plantas da caatinga ameaçadas de extinção. A biologia da arnica, nativa do cerrado, será estudada por pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), que pretende conhecer, do ponto de vista científico, o material genético vegetal desse ecossistema que ocupa 23% do território brasileiro.

O diretor-presidente da Embrapa também lançou duas publicações, em cinco volumes, sobre educação ambiental e desenvolvimento sustentável, voltada para professores de ensino fundamental e médio, enfocando o ser humano enquanto agente de transformação. A outra publicação é sobre o meio ambiente e o compromisso institucional da Embrapa, que resume o compromisso da Empresa para com a qualidade de vida e a conservação ambiental.

A obra traz uma análise prospectiva da agricultura sustentável no Brasil e o papel da pesquisa agropecuária, apresentando os principais desafios ambientais nacionais e regionais, em cada um dos grandes biomas brasileiros: a Amazônia, a Caatinga, o Pantanal, o Cerrado e os domínios da Mata Atlântica.