Brasília, 3/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Fernando Henrique Cardoso entregou hoje o prêmio Qualidade do Governo Federal a onze organizações públicas cujo desempenho institucional foi equivalente aos padrões internacionais de qualidade. Desde 1998, quando o prêmio foi criado, 22 empresas públicas, sociedades de economia mista e setores da administração direta foram homenageados, como forma de reconhecimento da excelência na gestão pública. Diversas organizações foram premiadas mais de uma vez.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) foi a instituição que teve setores mais premiados desde o início da seleção. Em todos os anos, diversas Diretorias Regionais da Empresa foram condecoradas. Neste ano, a homenagem foi para a Diretoria Regional do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. Petrobras, Furnas Centrais Elétricas e Eletronorte também foram premiadas.
Em 2002, 93 organizações do setor público concorreram ao prêmio. Para o presidente, o grande número de concorrentes comprova a transformação pela qual o setor passou nos últimos anos. "Estamos vendo que a burocracia moderna é transparente e busca inovação", afirmou, lembrando que se introduziram nas empresas públicas as noções de competitividade, inovação e trabalho em equipe.
Segundo o presidente, o governo lutou bastante para implementar mudanças no setor público, tradicionalmente visto como inoperante por grande parcela da população, e que hoje reflete a qualidade dos serviços oferecidos. "Tudo o que é inovador dá muito trabalho e forte oposição. Há os que têm medo e se fecham e, até que a inovação vire rotina, encontra forte resistência", ressaltou.
Fernando Henrique aproveitou a cerimônia para afastar as críticas de que, em seu governo, o investimento foi focalizado na qualificação e não no aumento de salários dos servidores. Ele lembrou que houve aumento de salários, mas de forma diferenciada, para premiar os que se destacaram. "O governo buscou valorizar certas carreiras de Estado. Introduziram-se formas de premiação até nas universidades, e isso foi feito com imensa resistência do setor porque, embora a universidade seja um lugar por excelência onde a inovação deveria ser um cotidiano, é de uma resistência enorme", afirmou.
O ministro do Planejamento, Guilherme Dias, fez um balanço do trabalho do governo Fernando Henrique na desburocratização do servido público, e destacou vários avanços dos últimos anos, dentre eles, a realização de pregões, que têm permitido a economia de mais de 20% nas compras governamentais. Segundo o ministro, em 2002 o governo federal deve economizar R$ 500 milhões em compras por pregões, cujo total deve atingir R$ 10 bilhões. Raquel Ribeiro e