Brasília, 3/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - Os Estados Unidos afirmaram hoje que há crescentes razões para acreditar que a rede Al Qaeda estivesse envolvida no duplo ataque a alvos israelenses no Quênia, na semana passada. Washington também considera "crível" um comunicado, divulgado na Internet, em que supostos dirigentes da Al Qaeda reivindicam a autoria dos atentados que mataram três israelenses e 10 quenianos, além de três terroristas. As informações são da CNN.

A mensagem divulgada em um site islâmico afirma que "os combatentes de Al Qaeda retornam ao mesmo lugar onde a coalizão de cruzados e judeus foi atingida há quatro anos", numa referência aos atentados com bomba que mataram 224 pessoas perto das embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, em 1998. O comunicado é assinado pelo "Escritório Político da Qaeda al-Jihad".

Na quinta-feira (28/11), a seqüência de atentados na costa do Quênia começou com o disparo de dois mísseis contra um avião da companhia comercial israelense Arkia, que tinha acabado de decolar em direção a Tel Aviv (Israel) com 271 pessoas a bordo. Os mísseis não atingiram o avião por pouco e, por isso, ninguém ficou ferido.

Menos de uma hora depois, três homens-bomba, com a ajuda de um carro repleto de explosivos, destruíram a entrada do Hotel Paradise, em Mombasa, causando a morte de 13 pessoas, sendo três israelenses. O hotel, de propriedade de israelenses, era um conhecido destino de turistas procedentes do Estado judeu.