Brasília, 3/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - A comunicação feita por pessoas da comunidade pode ajudar na transformação social. Com base nessa idéia, o Programa Comunidade Ativa implantou a Rede de Comunicadores Locais, para trabalhar junto com os fóruns de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (Dlis), uma experiência de mobilização e comunicação comunitária, que de abril a outubro de 2002 envolveu 681 pessoas, em oficinas realizadas em 25 estados da federação.
A informação é do secretário executivo do Programa Comunidade Solidária, Ludgério Monteiro, ao abrir a 6ª Teleconferência sobre Comunicação e Desenvolvimento Local, uma iniciativa da Comunidade Solidária e do Sebrae, que foi transmitida, pela manhã, para os Sebraes nacionais, municípios e escolas públicas com antenas parabólicas ou telepostos do Ministério da Educação.
Monteiro contou que os comunicadores estão sendo escolhidos pelos fóruns Dlis. "Estamos formando a Rede de Comunicadores Locais, que busca levar informações e mobilizar as comunidades para campanhas de prevenção de doenças; políticas públicas governamentais; entre outros pontos. Isso fortalece a rede social, pois a medida em que eles vão conectando as pessoas, elas se atualizam e participam do processo de desenvolvimento, inclusive, envolvendo pessoas marginalizadas nele", explicou, acrescentando que na teleconferência o Comunidade Ativa buscou chamar a atenção de todos aqueles que estão participando do processo de desenvolvimento local, como forma de fortalecer o comunicador e os fóruns de Dlis.
Outro ponto destacado pelo secretário está relacionado às noções básicas dadas ao comunicador local. Ele contou que as pessoas que nunca tinham falado ao microfone ou manuseado uma câmera antes produziram em grupo jornais, programas de rádio, de vídeo e de alto-falante, além de receberem noções básicas de acesso à Internet. "Eles são, atualmente, comunicadores com potencial para ajudar no processo de desenvolvimento de suas cidades. Cada um ao seu modo e com os recursos disponíveis no seu município", salientou, observando que foram gerados vídeos e rádio-carta, entre outros fatores, como forma de orientar e direcionar os comunicadores locais.
A coordenadora de Comunicação do Comunidade Ativa, Isabel de Paula, disse, por sua vez, que trocar idéias, contar histórias, escrever versos, cantar, dançar, fotografar, e filmar, são todas formas de comunicação. "Cada um de nós pode fazer comunicação. É só descobrir o seu potencial e a melhor maneira de aproveitá-lo. E a comunicação local ajuda a mobilizar as pessoas, a divulgar as coisas boas de cada cidade e as ações que os fóruns fazem", destacou, lembrando que elas são muito importantes no processo de Dlis e de cidadania.
(Daniela Cunha)
