06/12/2010 - 16h19

Lula inaugura Memorial Darcy Ribeiro, na UnB, sob protestos de estudantes

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Um grupo de estudantes da Universidade de Brasília (UnB) aproveitou a cerimônia de inauguração do Memorial Darcy Ribeiro, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para reivindicar melhorias na universidade e criticar a gestão do reitor, José Geraldo de Sousa Junior.

Com cartazes e palavras de ordem, os estudantes criticaram a obra do memorial, no valor de R$ 8,5 milhões, segundo o Ministério da Cultura (MinC). De acordo com os manifestantes, a UnB está sucateada.

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, tentou tranquilizar os manifestantes, ressaltando a importância de Darcy Ribeiro para a UnB. “A hora é de saudar Darcy Ribeiro e a Universidade de Brasília”, disse Ferreira. O antropólogo, morto em 1997, foi um dos idealizadores da UnB e o primeiro reitor da instituição.

Alheio ao protesto dos estudantes, Lula ressaltou, no discurso, a história de Darcy Ribeiro e sua importância para o país e para a UnB. “Precisávamos de uma maneira original e criativa para homenagear Darcy no dia de hoje”, disse Lula. “Hoje temos motivos para uma grande comemoração, Darcy está de volta a Brasília".

O Memorial Darcy Ribeiro, batizado de beijódromo pelos estudantes da universidade, tem 2 mil metros quadrados distribuídos em dois andares. Foi projetado pelo arquiteto e parceiro de Darcy em diversos projetos, João Filgueiras Lima, o Lelé.

Segundo o MinC, o local reúne um acervo com mais de 30 mil obras do antropólogo e educador e da primeira mulher dele, a também antropóloga Berta Gleizer Ribeiro. O memorial ainda guarda documentos pessoais, como cartas trocadas com Oscar Niemeyer e com o filósofo francês Jean-Paul Sartre. Estão previstas para o local exposições de obras de arte brasileira, que vão de quadros de Portinari a artefatos indígenas.

Edição: Vinicius Doria

06/12/2010 - 16h14

Faturamento da indústria cai 0,7% em outubro e emprego permanece estável

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O faturamento da indústria brasileira recuou 0,7% em outubro, comparado com o mês anterior, mas aumentou 4,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje (6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em contrapartida, a utilização da capacidade instalada (UCI), que vinha caindo há cinco meses, cresceu 0,2 ponto percentual em relação a setembro e 1,4 ponto percentual a mais que em igual mês de 2009. A indústria nacional operou com 82,2%, em média, da UCI.

O resultado da pesquisa foi divulgado pelo secretário executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Segundo ele, a queda no faturamento reflete o “ritmo menos intenso” do crescimento da indústria em relação ao começo do ano, mas isso “não compromete” a previsão de evolução do setor em torno de 12% neste ano, uma vez que o faturamento acumulado em dez meses aumentou 10,4% sobre igual período de 2009.

Castelo Branco disse que o emprego industrial manteve-se estável em outubro, mas cresceu 6,5% sobre o mesmo mês do ano passado, dando continuidade a uma trajetória de 16 meses consecutivos de ampliação do emprego e da renda real do trabalhador. Isso pode ser comprovado pela massa salarial real, que cresceu 4,5% sobre o mês anterior e 10% em relação a outubro de 2009, afirmou.

De acordo com Castelo Branco, os diferentes setores da indústria de transformação continuam a evoluir na maioria dos indicadores. Tanto que o faturamento real no ano cresceu em 16 dos 19 setores pesquisados, com destaques para vestuário, móveis, couros e calçados, bem como produtos de borracha e plástico. Todos com expansão superior a 10% de janeiro a outubro.
 


Edição: Rivadavia Severo

06/12/2010 - 16h02

Vinte e quatro municípios brasileiros correm risco de surto de dengue

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Vinte e quatro municípios em sete estados têm risco de surto de dengue. Nessas cidades, há registros de larvas de mosquitos em mais de 4% de residências pesquisadas.

Pernambuco é o estado com maior número de cidades com risco de surto da doença, dez em todo o estado. No município de Afogados de Ingazeira, no sertão do estado, o índice de infestação é de 11% das casas.

O Rio Grande do Norte aparece em seguida, com quatro municípios em situação crítica. Bahia e Minas Gerais têm três cidades da lista de risco. No Acre são duas cidades e no Amazonas e em Rondônia, uma. Duas capitais estão entre os municípios com situação crítica: Porto Velho e Rio Branco.

As informações são do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), divulgadas hoje (6) pelo Ministério da Saúde, que recebeu dados de 370 municípios.

Além dos municípios com risco de surto, 154 cidades estão em situação de alerta, inclusive 14 capitais. Nestas cidades, o índice de presença de mosquitos atinge entre 1% e 3,9% das casas. De acordo com o Ministério da Saúde, esses municípios deverão receber atenção especial no combate ao mosquito para evitar a situação de risco de surto.

Em 192 municípios, o resultado do levantamento foi considerado satisfatório, com menos de 1% de infestação.
 

 

Edição: Rivadavia Severo

06/12/2010 - 15h36

Governo não decidiu se veta emenda de repartição de recursos do pré-sal

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Faltando 25 dias para terminar do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o governo não decidiu se veta a emenda que igualou a distribuição de recursos entre estados e municípios obtidos com o pagamento dos royalties pela exploração de petróleo da camada pré-sal. Não há data prevista para a apreciação do veto, que deve ser feito até 30 dias da publicação do projeto de lei.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, voltou a defender o veto. Segundo ele, “é inadmissível” reencaminhar recursos do pré-sal que estavam destinados para educação, ciência e tecnologia (cerca de R$ 8 bilhões), “o que é uma aposta no futuro”, para gastos de despesas correntes da máquina administrativa de estados e municípios

Padilha informou que o texto do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, na semana passada, ainda não chegou à Presidência da República. Após o recebimento, o texto será enviado aos ministros das áreas de interesse.

 

Edição: Rivadavia Severo
 

06/12/2010 - 15h23

Petrobras pagará royalties do pré-sal como determina a lei, diz Gabrielli

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou hoje (6) que a lei que determina a forma de pagamento e distribuição dos royalties do pré-sal é muito clara e determina que 15% devem ir para os estados onde há extração de petróleo e gás. Segundo ele, a Petrobras pagará o que manda a lei.

“A distribuição desses 15% será de acordo com o que for legal, mas não tem efeito diferenciado para a Petrobras. Ela não paga ao estado, nem ao município, paga ao Tesouro Nacional”, disse Gabrielli, após participar do 4º Congresso Paulista de Jovens Empreendedores, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Sobre as reivindicações do Rio de Janeiro, Gabrielli disse que é justo que o estado pleiteie mais recursos que os estados não produtores. Mas isso não altera a situação da empresa estatal. “Para a Petrobras, a situação é indiferente, porque ela pagará o mesmo valor de royalties, qualquer que seja a distribuição”.

Edição: Vinicius Doria

06/12/2010 - 15h10

Para Lula, Miriam Belchior deve levar o PAC para o Ministério do Planejamento

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (6), em discurso no Palácio do Planalto, que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve ir para o Ministério do Planejamento no ano que vem, com a nova ministra, Miriam Belchior, a quem o presidente chamou de “essa moça”.

“Essa moça [Miriam Belchior] vai para o Planejamento e junto com ela deve levar essas coisas do PAC, que ela conhece como ninguém”, disse Lula. Miriam Belchior é quem atualmente coordena o programa no âmbito da Casa Civil.

Faltando 25 dias para deixar o cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que chegou a temer o segundo mandato. “O segundo mandato, que eu tinha medo, para mim foi uma benção. Hoje agradeço a Deus, tive um segundo mandato em que pudemos fazer muito mais”, disse ele na cerimônia que formalizou a seleção dos projetos da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Um dos eixos do PAC 2 é voltado para a infraestrutura urbana, batizado de Cidade Melhor. Lula disse aos prefeitos que eles devem aprender a fazer bons projetos para pleitear recursos do PAC. As propostas selecionadas são de obras como urbanização de favelas e assentamentos, abastecimento de água, coleta de esgoto e contenção de encostas. São 1.258 obras e projetos, que somam 17,25 bilhões em investimentos. Desse total, R$ 11,8 bilhões são provenientes de repasses da União e R$ 5,46 bilhões de financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT).

Os projetos selecionados abrangem municípios com mais de 70 mil habitantes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e acima de 100 mil habitantes nas regiões Sul e Sudeste. Esta é a primeira seleção de empreendimentos de infraestrutura do PAC 2 e o processo foi conduzido em conjunto pelo governo federal, prefeituras e governos estaduais.

Edição: Vinicius Doria

06/12/2010 - 14h51

Otimismo dos brasileiros em relação ao futuro da economia aumenta em novembro

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O otimismo dos brasileiros em relação à economia aumentou em novembro, revela pesquisa divulgada hoje (6) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Índice de Expectativas das Famílias (IEF) foi de 65,6 pontos, 3,5% acima do registrado em outubro (63,1 pontos).

De acordo com o Ipea, valores entre 60 e 80 pontos indicam otimismo. O aumento ocorreu em todas as regiões, com o Centro-Oeste voltando a liderar a onda de otimismo, com 70,65 pontos, seguido pelo Sul (69,45 pontos). As demais regiões obtiveram índices similares: 64,73 pontos no Sudeste, 64,67 no Nordeste e 64,25 no Norte.

A pesquisa também mostra que 64% das famílias acreditam em melhoria na situação econômica brasileira nos próximos 12 meses, 3,5 pontos percentuais acima do resultado do mês anterior. Quando o horizonte se estende pelos próximos cinco anos, o percentual de famílias com perspectivas favoráveis cai para 61,57%.

Por faixa de renda, não há grandes variações em relação à expectativa, com grau de otimismo entre 63% e 66%. A exceção ocorre entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos: 59,32% dos pesquisados afirmam ter perspectivas positivas para a economia.

O levantamento revela ainda que 80,8% das famílias acreditam que a situação financeira doméstica melhorará ao longo do próximo ano; 56,3% pretendem adquirir bens de consumo duráveis (como automóveis e eletrodomésticos); e 75,3% dos responsáveis pelos domicílios se sentem seguros em relação ao emprego.

Apesar do nível elevado das taxas de juros ao consumidor, a pesquisa apontou que o risco de alta taxa da inadimplência é moderado. Segundo o Ipea, 47,6% das famílias afirmaram não ter dívidas e 25,5% disseram estar pouco endividadas. Cerca de 16% admitiram ter contas atrasadas, dos quais apenas um terço acredita não ter condições de saldar os compromissos.

Edição: Vinicius Doria

06/12/2010 - 14h36

Preço da carne sobe mais de 10% em novembro e volta a pressionar a inflação

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Puxada pela alta no preço da carne, a inflação medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) foi de 1,04% em novembro, aumento de 0,11 ponto percentual em relação a outubro, que registrou inflação de 0,93%.

Segundo o Dieese, o principal fator de pressão em novembro foi a alta no grupo alimentação, de 2,81%. As carnes (10,79%) foram as principais responsáveis pela carestia, puxada pelo preço da carne bovina, com aumento de 11,01%, e pela suína, de 6,26%. A carne bovina já acumula alta de 26,12% em quatro meses.

A elevação dos preços de frutas, (6,09%), açúcar (11,98%) e farinha de trigo (5,65%) também contribuiu para formar a taxa de inflação.

A segunda maior alta no período ocorreu no grupo transportes (0,61%), resultado do reajuste do preço dos combustíveis (1,49%), principalmente o álcool (3,84%). Em seguida aparece o grupo habitação, com aumento de 0,4% puxado pelos aluguéis, impostos e taxas de condomínio (1%). Na saúde, a alta foi de 0,35%.

Entre dezembro do ano passado e novembro deste ano, o ICV registrou alta de 6,31%, com taxas anuais maiores (6,95%) para as famílias de menor poder aquisitivo, com renda inferior a R$ 377,49. Para as famílias de maior poder aquisitivo, com renda superior a R$ 2.792,90, a inflação foi menor: 5,95%. No acumulado do ano, entre janeiro e novembro, o aumento atinge 6,23%, puxado pelos grupos alimentação (10,25%) e habitação (6,38%). O aumento extraordinário do feijão este ano (94%), da carne (31,08%) e das aves (14,29%) contribuíram para a alta inflacionária em 2010.

Edição: Vinicius Doria

06/12/2010 - 14h27

Medo da guerra civil leva marfinenses a fugir do país a pé

Eduardo Castro
Correspondente da EBC na África

Lisboa – O medo de viver de novo os horrores de uma guerra civil fez pelo menos 300 marfinenses fugirem do país no fim de semana. Eles saíram da Costa do Marfim a pé, em direção à Libéria, apesar de as fronteiras estarem oficialmente fechadas. Segundo a Agência Lusa, o toque de recolher obrigatório, instaurado antes das eleições presidenciais de 28 de novembro, que devia acabar hoje (6), foi prorrogado até a próxima segunda-feira (13), por decreto de Laurent Gbagbo, que está no poder há dez anos.

Gbagbo e o ex-primeiro ministro Alessene Ouattara, que disputaram o segundo turno presidencial, afirmam ter assumido o governo no sábado (4). Quinta-feira (2), a Comissão Eleitoral declarou Ouattara vencedor, mas, no dia seguinte, a Corte Constitucional reverteu a decisão, sob alegação de fraude, e oficializou a reeleição de Gbagbo.

“A Costa do Marfim é um barril de pólvora – e não é de agora, depois da eleição”, diz o professor Antonio Gaspar, do Instituto Superior de Relações Internacionais de Moçambique. “Ali a questão étnica pesa muito.” 

Ele não se espanta com a “dificuldade” de Gbagbo em entregar o cargo. “Não são muitas as vezes em que, nos países africanos, a vitória da oposição é encarada com normalidade.” Ainda que, lembra Gaspar, no caso específico da Costa do Marfim, haja chance de a troca de poder gerar uma perseguição, por causa da recente guerra civil. O desfecho “depende também da pressão internacional”, acredita.

A pedido da União Africana, o ex-presidente da África do Sul Tabo Mbeki está em Abidjan, capital marfinense, para tentar mediar a situação. No gera, a comunidade internacional pede a Gbagbo que reconheça a derrota. Oficialmente, o mandato dele terminou em 2005. As eleições foram adiadas cinco vezes, por causa da instabilidade surgida com a tentativa de golpe de Estado de 2002 e a subsequente guerra civil, que durou dois anos.

O peso da pressão internacional, diz Gaspar, também será decisivo para o Sudão, que passará por uma consulta popular em janeiro, que pode culminar na divisão do território do país. A votação está marcada para o dia 9, mas já se fala na possibilidade de adiamento. “O Norte precisa pesar muito suas decisões. Se perder, vai colocar na balança qual seria o prejuízo maior: perder o controle da parte sul ou isolar-se da comunidade internacional.”

A consulta está prevista desde 2005, no acordo de paz que pôs fim à guerra civil de 23 anos entre o Sul, separatista, e o Norte, que governa o país. Além do petróleo que há na Região Sul, a rivalidade étnica também é um componente na disputa. A volta à guerra civil não é possibilidade afastada, “muito embora haja uma distância entre o desentendimento e a guerra, propriamente”, afirma Gaspar.

Segundo ele, é de interesse dos africanos que, no Sudão, haja uma solução em ambiente de paz - mesmo com possibilidade de abrir um precedente divisionista e outros países terem de passar pelo mesmo processo.

Para o pesquisador sul-africano Greg Mills, consultor para temas internacionais de vários governos do continente, a situação vivida na Costa do Marfim, e possível de ocorrer no Sudão, não poder ser tomada como regra. “Em 1980, havia apenas duas democracias na África. Hoje, são mais de 40 nações com eleições regulares e multipartidárias”, diz ele.  “Não devemos deixar que os problemas da Costa do Marfim, do Sudão do Norte ou Sudão do Sul se imponham sobre a imagem da África como um todo. Há muitos países tendo enormes progressos.”

“Obviamente, a democracia tem um grande papel na maior responsabilidade dos governos, que são melhor conectados com suas populações”, afirma Mills. “E, invariavelmente, há dificuldade no crescimento dos países que passam de autocracias para democracias.”

Atualmente à frente da Brenthurst Foundation, baseada em Joanesburgo, Greg Mills foi diretor nacional do Instituto Sul-Africano de Relações Internacionais entre 1996 e 2005. Seu livro mais recente chama-se Por Que a África é Pobre. “Basicamente, o livro defende que a África é rica, mas que más decisões ao longo da história impedem o continente de entender essa riqueza”, diz. “E, nos últimos dez, 20 anos, há uma diversidade cada vez maior entre países africanos.”

De acordo com Mills, é importante para o continente que a comunidade internacional não considere a África monolítica. “Isso não é verdade, como não é na América Latina ou na Ásia.” Ele lembra que, logo depois do fim do colonialismo, a ideia de uma “África Única” fortaleceu-se, inclusive entre as lideranças locais. “Ainda que haja unidade política de alguma forma, no campo econômico, há uma crescente diferença entre os países africanos.”

Edição: Nádia Franco

06/12/2010 - 14h14

Décimo terceiro salário das classes D e E vai injetar R$ 17,5 bilhões na economia

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O pagamento do décimo terceiro salário aos trabalhadores das classes D e E injetará R$ 17,5 bilhões na economia. O montante supera o orçamento do programa Bolsa Família, que atende essencialmente famílias que integram essas classes de renda. A dotação orçamentária do programa federal, prevista para o próximo ano, é de R$ 13,4 bilhões. As informações fazem parte de um estudo divulgado hoje (6) pelo Instituto Data Popular.

O décimo terceiro da classe C, base da chamada classe média, irá injetar R$ 47,3 bilhões neste fim de ano. Segundo estudo do Data Popular, a maioria desses trabalhadores dará prioridade ao pagamento de dívidas. De acordo com o estudo, também estão entre as perspectivas desse público ir às compras, reservar parte do dinheiro para aplicações financeiras e pagar despesas tradicionais de começo de ano.

Na somatória, o décimo terceiro pago aos trabalhadores das classes C, D e E injetará na economia R$ 64,8 bilhões. Desse total, segundo o estudo, R$ 26,7 bilhões servirão para cobrir dívidas e R$ 24,8 bilhões para as compras de Natal. Outras despesas representam R$ 7,6 bilhões. Os R$ 5,7 bilhões restantes deverão ir para a poupança e aplicações financeiras. Levando em conta todas as classes, o Data Popular estima em R$ 102 bilhões o acréscimo de recursos na economia por conta do salário adicional de fim de ano.

Ampliada as 18h33

Edição: Vinicius Doria

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