07/12/2010 - 8h17

Fundador do WikiLeaks é preso em Londres

Da BBC Brasil

Brasília - O fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, foi preso na de hoje (7) em Londres, após se entregar em uma delegacia de polícia. Assange, de 39 anos, estava sendo procurado após a Suécia emitir contra ele um mandado de prisão internacional. Segundo comunicado da polícia londrina, o fundador do WikiLeaks responderá na Suécia por quatro acusações, inclusive estupro. Assange nega as acusações.

O país expediu um mandado de prisão para Assange em 18 de novembro, mas a ação foi invalidada por um erro processual. Um novo mandado foi emitido em 2 de dezembro. O WikiLeaks tem publicado centenas de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos, provocando a ira do governo americano e levando empresas como a PayPal e a Amazon a deixarem de prestar serviços ao site.

Ontem (6), o WikiLeaks divulgou uma lista de instalações ao redor do mundo que os Estados Unidos classificam como vitais para a sua segurança nacional. A lista inclui oleodutos e centros de comunicação e transporte. O banco suíço PostFinance congelou as contas de Assange. O site diz que a medida bloqueia 31 mil euros. Em comunicado, o WikiLeaks afirmou que Assange perdeu 100 mil euros em bens em uma semana.

07/12/2010 - 7h38

Preços para as famílias de baixa renda têm alta de 1,33% em novembro

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até dois salários mínimos e meio, alcançou 1,33% em novembro. A taxa superou a verificada um mês antes, quando houve elevação de 0,80%, e também ficou acima da inflação para a população em geral – medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR) –, que em novembro foi de 1,00%.

De acordo com os dados divulgados hoje (7), pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o IPC-C1 acumula no ano aumento de 6,41% e nos últimos 12 anos, de 6,58%.

Entre as sete classes de despesa que compõem o índice, cinco tiveram acréscimo em suas taxas de variação. Em alimentação, cuja taxa passou de 1,72% para 2,62%, a principal pressão foi exercida pelas carnes bovinas (de 3,25% para 9,92%).

A copeira Sofia de Souza contou que levou um susto ao chegar ao mercado para fazer as compras do mês. Segundo ela, os preços subiram de forma generalizada, mas a carne foi a que mais pesou no orçamento.

“Levei um susto com o preço da carne e cheguei a pensar em comprar mais frango para economizar, mas já tinha feito isso no outro mês e lá em casa todo mundo prefere carne. O jeito foi gastar mais mesmo”, disse.

Também registraram elevação os grupos habitação (de 0,12% para 0,38%), com destaque para aluguel residencial (de 0,14% para 0,63%); transportes (de 0,02% para 0,57%), principalmente tarifa de ônibus urbano (de variação nula para 0,62%); saúde e cuidados pessoais (de 0,06% para 0,26%), influenciado por artigos de higiene e cuidado pessoal (de –0,10% para 0,37%); e despesas diversas (de 0,21% para 0,41%), com o aumento de alimento para animais domésticos (de –0,43% para 1,91%).

Subiram com menos intensidade os preços em educação, leitura e recreação (de 0,54% para 0,34%), com a contribuição de material escolar (de 1,39% para 0,12%), e vestuário (de 0,77% para 0,75%), principalmente calçados (de 1,11% para 0,02%).

Entre os produtos que mais contribuíram para a inflação em novembro destacam-se a carne moída (9,63%) e a batata-inglesa (14,24%).

Edição: Juliana Andrade

07/12/2010 - 7h32

Estudantes do DF alcançam melhor resultado no Pisa

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os alunos do Distrito Federal foram os que atingiram a melhor média entre os 20 mil brasileiros que participaram do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) em 2009. Os resultados foram divulgados hoje (7). A prova é aplicada a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. No DF, a média considerando as três disciplinas foi de 439 pontos – 38 acima da nacional.

Em seguida, aparecem Santa Catarina (428), Rio Grande do Sul (424), Minas Gerais (422) e Paraná (417). Seis estados também tiveram resultados acima da média nacional – Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Goiás. Em 2009, o Brasil aumentou o plano amostral e o número de alunos participantes para que os resultados do Pisa pudessem ser comparados por estado.

No fim da lista, ficaram os estudantes de Alagoas e do Maranhão que obtiveram a menor nota – 354 e 355 pontos respectivamente. Na sequência, aparecem o Acre, o Amazonas e o Rio Grande do Norte, todos com média 371. Os resultados inferiores do estado do Norte e Nordeste são reflexo do baixo investimento que foi feito nessas regiões nos últimos anos, segundo o ministro da Educação Fernando Haddad.

“É muito injusto cobrar do Norte e do Nordeste um desempenho comparável com o do Sul e do Sudeste, sabendo que só muito recentemente nós estamos dando as condições para que esses estados possam formular políticas educacionais consistentes. Vamos corrigir as desigualdades garantindo que não importa onde a criança nasça o investimento público seja o mesmo”, disse o ministro ao se referir ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Criado em 2006, ele repassa recursos aos estados mais pobres que não conseguem investir um valor mínimo por aluno ao ano.

Na avaliação do ministro, todo estado, “tem espaço para melhorar”. “O importante é o movimento de buscar a excelência”, afirmou.

 

Confira abaixo as médias por estado:

 


Estado

Pontuação

1. Distrito Federal

439 pontos

2. Santa Catarina

428 pontos

3. Rio Grande do Sul

424 pontos

4. Minas Gerais

422 pontos

5. Paraná

417 pontos

6. Espírito Santo

414 pontos

7. São Paulo

409 pontos

8. Rio de Janeiro

408 pontos

9. Mato Grosso do Sul

404 pontos

10. Goiás

402 pontos

11. Rondônia

392 pontos

12. Mato Grosso

389 pontos

13. Paraíba

385 pontos

14. Bahia

382 pontos

15. Tocantins

382 pontos

16. Pernambuco

381 pontos

17. Amapá

378 pontos

18. Ceará

376 pontos

19. Pará

376 pontos

20. Roraima

376 pontos

21. Piauí

374 pontos

22. Sergipe

372 pontos

23. Acre

371 pontos

24. Amazonas

371 pontos

25.Rio Grande do Norte

371 pontos

26. Maranhão

355 pontos

27. Alagoas

354 pontos

Edição: Talita Cavalcante

07/12/2010 - 7h30

Alunos brasileiros de escolas públicas ficam atrás em avaliação internacional

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) divulgados hoje (7) confirmam o que as avaliações internas já indicam há bastante tempo: o desempenho dos alunos da rede pública é inferior ao de estudantes de instituições privadas. Enquanto a média alcançada por eles em escolas particulares foi de 502 pontos, nas públicas foi de 387 pontos.

O Pisa é aplicado a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. A média do Brasil, considerando as três disciplinas, foi de 401 pontos.

Dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) mostram que na rede federal de educação básica a média é bastante superior: 528 pontos. É mais do que a meta estabelecida para que o país alcance até 2021 e acima da média dos países da OCDE. Essas escolas são geralmente ligadas às universidades federais e funcionam como laboratórios de novas práticas pedagógicas para os cursos de formação de professores.

“É uma rede pequena, mas mostra que o setor público sabe oferecer boa educação, mas pra isso você tem que remunerar bem o professor, investir em laboratórios, em educação integral, [esses] são componentes do sucesso escolar”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Em leitura, os alunos das escolas federais atingiram 535 pontos, os da rede privada, 516, e os da pública não federal, 398. O desempenho em matemática foi de 521 pontos na rede federal, 486 na particular e 372 na pública. Em ciências, as escolas federais ficaram com média 528, as particulares, com 505, e as públicas, 392.

Edição: Talita Cavalcante

07/12/2010 - 7h30

Para continuar avanço, investimento no professor tem que ser prioridade, diz Haddad

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As conquistas em educação alcançadas pelo Brasil na última década, apontadas pelos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) divulgados hoje (7), dependem de investimentos estratégicos para seguir avançando. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a valorização do professor deve ser um dos focos de ação nos próximos anos.

A prova é aplicada a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. No ano passado participaram 65 países. Na média entre as três disciplinas o Brasil atingiu 401 pontos – foi a terceira maior evolução entre os participantes do período 2000-2009. A meta estabelecida pelo próprio Ministério da Educação (MEC) é chegar a 473 pontos em 2021.

“A remuneração dos professores no Brasil tem que fazer o país reconhecer que dificilmente vamos chegar às metas de 2021 sem enfrentar essa questão de maneira decisiva. Nenhum país de alto desempenho educacional paga aos seus professores um salário menor do que a média das outras profissões de nível superior. No Brasil, o salário do professor é 40% menor” comparou.

Além do investimento nos docentes – tanto na formação quanto na remuneração – o ministro destaca a necessidade de ampliação da pré-escola. Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) aprovada neste ano determina que até 2016 todas as crianças deverão estar matriculadas na escola a partir dos 4 anos de idade – hoje a obrigatoriedade é a partir dos 6.

“Já está provado que a pré-escola tem impacto importante no desempenho dos alunos quando eles chegam ao ensino fundamental. A ampliação da obrigatoriedade vai atender as camadas mais pobres, sobretudo do Nordeste, e isso vai impactar o desempenho dos alunos”, avaliou.

Segundo o ministro, para atingir as metas será necessário grande esforço do país, que precisa aproveitar o movimento atual de avanço. “Até 2012, nós estamos falando de América Latina, estaremos liderando a região [caso as metas sejam atingidas]. A partir de 2012, o jogo muda, aí estamos falando de país europeu, é como estar em outra divisão do campeonato”, comparou. Haddad destacou ainda que alguns países com sistema educacional consolidado, como a Inglaterra, perderam pontos em 2009.

“Nós desperdiçamos um século. Mesmo no pós-guerra, quando os países começaram a investir pesado em educação, nós levamos 50 anos para isso. Agora que estamos vivendo um momento que vai avançar nos próximos governos, porque está caracterizado que o sistema de ensino responde quando você diz o que quer dele e faz os investimentos necessários”, defendeu.

Edição: Graça Adjuto

07/12/2010 - 7h18

Maior evolução dos estudantes brasileiros foi em matemática

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A participação do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) registrou um avanço importante na última década. A prova é aplicada a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em ciências, leitura e matemática. Nessa última disciplina foi registrado o maior crescimento: de 334 pontos na edição de 2000 para 386 em 2009.

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, uma das explicações para o avanço dos estudantes em matemática é a consolidação e popularização da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Criado em 2005, o concurso contou neste ano com a participação de 19,6 milhões de alunos. “Eu era cético quanto ao impacto das olimpíadas no desempenho, mas já existem estudos que comprovam essa relação”, disse o ministro.

Apesar da melhoria no desempenho dos alunos, a nota de matemática ainda é a mais baixa entre os componentes avaliados pelo exame. Em leitura, a nota passou de 396 para 412 pontos e em ciências, de 375 para 405. Ainda que as médias do Brasil tenham evoluído, dentro de uma escala de 1 a 6 estabelecida pela OCDE, o país ainda ocupa o nível 2 - em média, os países-membros da OCDE estão entre os níveis 3 e 4.

O relatório da avaliação mostra ainda que os meninos têm melhor desempenho em matemática do que as meninas: 394 pontos para eles, contra 379 pontos para elas. Mas as estudantes do sexo feminino são melhores em português (425) do que os homens (397). Em ciências, os resultados foram semelhantes, com uma diferença de três pontos a mais para eles.

Edição: Graça Adjuto

07/12/2010 - 7h14

Apesar de melhoria, Brasil ainda ocupa posições finais em ranking internacional de educação

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Apesar de ter melhorado sua participação no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) na última década, o Brasil ainda ocupa os últimos lugares no ranking entre os 65 que fizeram o exame em 2009. Os alunos brasileiros ficaram em 53º em ciências e português e em 57º em matemática.

A prova é aplicada a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. No topo do ranking, considerando a média entre as três disciplinas, está a província de Shangai (577 pontos), na China, que por ser autônoma participa do Pisa de forma independente. Em seguida vêm Hong Kong (546), a Finlândia (543), Cingapura (543) e o Japão (529).

Os países-membros da OCDE atingiram em média 496 pontos – 95 a mais do que o Brasil. Na lanterna estão a Albânia (384 pontos), o Catar (373), Panamá (369), Peru (368) e Quirziquistão (325). Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o fato de o Brasil ainda ocupar posições finais no ranking não significa que o país está entre os piores do mundo em educação.

“Não é o mundo que participa do Pisa, mas o mundo desenvolvido. Praticamente não existe nenhum país com Pisa melhor que o do Brasil que não tenha uma renda per capita muito superior à nossa, com exceção da Tailândia. Nós estamos no grande jogo da política educacional”, defendeu.

De acordo com Haddad, em 2000 os alunos brasileiros tinham o pior resultado em todas as disciplinas. Entre os países da América Latina e do Caribe, em 2009 a média do Brasil ficou atrás da do Chile (439 pontos), Uruguai (427) e México (420), mas superou a da Argentina (396), Colômbia (399) e do Peru (368).

Edição: Graça Adjuto

07/12/2010 - 7h10

Brasil está entre países que mais evoluíram em educação na última década

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Brasil está entre os três países que alcançaram a maior evolução no setor educacional na última década. É o que apontam os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2009, divulgados hoje (7).

A prova é aplicada a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. No ano passado, participaram 65 países.

O Brasil ingressou no Pisa em 2000. Desde então, a média entre as três provas – considerando os resultados em leitura, matemática e ciências - subiu de 368 para 401 pontos. Nesse mesmo período, apenas dois países conseguiram melhorias superiores aos 33 pontos alcançados pelo Brasil: Chile (mais 37 pontos na média) e Luxemburgo (mais 38 pontos). Na média, os países-membros da OCDE ficaram estagnados de 2000 a 2009, sem avanços.

O Brasil estabeleceu metas de melhorias no Pisa, como as que já existem para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Para 2009, o objetivo era atingir 395 pontos, o que foi superado. Em 2021, o país precisa alcançar 473 pontos, média dos países da OCDE.

Na avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, os resultados desmontam a teoria de que o Brasil estaria sempre em defasagem em relação aos países desenvolvidos, já que somente em 2022 atingiria níveis semelhantes na avaliação. “O mundo está estagnado do ponto de vista da qualidade [da educação]. Embora alguns países da OCDE tenham melhorado, outros pioraram e, na média, ficaram estagnados. Em educação sempre há espaço para melhorar, mas o mundo desenvolvido está com dificuldade em fazer a sua média subir”, afirmou.

Para Haddad, o “pior momento” da educação brasileira foi no início da década, entre 2000 e 2001, quando o país ocupou a lanterna no ranking do Pisa. Segundo o ministro, essa tendência está revertida e parte dos avanços se deve às mudanças no sistema de avaliação do país, especialmente a criação do Ideb em 2005 que atribui e divulga nota para cada escola pública.

“Não tenho dúvida que isso impactou muito favoravelmente, mexeu com a educação no Brasil. Em 2006, quando divulgamos pela primeira vez os resultados por escola, informamos diretores, professores, passamos a fazer formação [de professores]. Estamos só colhendo os resultados dessa percepção de que a aprendizagem estava afastada do cotidiano da escola”, afirma Haddad. O maior crescimento - de 17 pontos - se deu no último triênio (2006-2009), destacou o ministro.

Haddad ressaltou que a escola não pode se ocupar somente dos resultados em avaliações, mas não pode esquecer que está formando alunos que “precisam ter proficiência nas disciplinas básicas. “A educação não se reduz a isso, os testes padronizados são importantes, mas não esgotam a questão. A educação transcende esses testes, mas a avaliação é um elemento que estava faltando na cultura escolar”, apontou.

O relatório da OCDE também destaca a criação do Ideb como ação importante para a melhoria dos resultados e aponta o Brasil como exemplo a ser observado por outros países com baixa proficiência.

“O país investiu significativamente mais recursos em educação, aumentando os gastos em instituições de ensino de 4% do PIB [Produto Interno Bruto] em 2005 para 5% em 2009, alocando mais recursos para melhorar o salário dos professores. Também gastou o dinheiro de forma mais equitativa do que no passado. Recursos federais agora são direcionados para os estados mais pobres, dando às escolas recursos comparáveis aos que são disponibilizados nos mais ricos”, diz o relatório, em referência ao Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), criado em 2006.

Edição: Graça Adjuto

07/12/2010 - 6h40

Senado promove Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência

Da Agência Brasil

Brasília - O Senado abre hoje (7) a 6ª Semana de Acessibilidade e Valorização da Pessoa com Deficiência. Nessa terça-feira, haverá um desfile de moda inclusiva, com a participação do deputado federal eleito Romário e sua filha Ivy. Também será aberta a exposição Obraviva - Sonho e Realidade, com obras do artista plástico Arthur Bispo.

Amanhã (8) ocorrerá o 6º Fórum Senado Debate Brasil, com o tema Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência nos Planos Nacional e Internacional. Em seguida, o capitão Nelson Leoni fará palestra sobre o livro Haiti: Uma Lição de Vida.

Quinta-feira (9), último dia do evento, será feito um balanço e apresentadas as conclusões do encontro. Haverá também apresentação dos atletas do Comitê Paraolímpico Brasileiro e shows musicais.

Edição: Graça Adjuto

07/12/2010 - 5h30

Plano Nacional pela Primeira Infância será lançado hoje

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Será lançado hoje (7), na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Plano Nacional pela Primeira Infância. Elaborado pela Rede Nacional Primeira Infância, o documento aponta diretrizes para atender as necessidades de crianças brasileiras com até 6 anos de idade.

De acordo com o secretário da rede, Vital Didonet, a faixa etária é considerada decisiva na formação da criança. “Esta é a fase da existência humana que mais determina a personalidade, a inteligência, o equilíbrio emocional, a integração social e a formação de valores”, explicou.

O plano avalia os progressos conquistados nos últimos anos em indicadores de desenvolvimento infantil e aponta os problemas que continuam afetando a vida das crianças. A estratégia é auxiliar o cumprimento das determinações previstas na Constituição, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e também de leis setoriais de educação, saúde, assistência e cultura.

“Essa faixa etária vem sendo atendida na área de saúde, de educação, um pouco na assistência social, mas há uma grande quantidade de crianças à margem”, alertou o coordenador da rede. “Precisamos apoiar as políticas que já existem e dar um horizonte atemporal para elas, mostrando áreas que ainda precisam de atuação mais específica”, completou.

Didonet destacou que é preciso maior apoio, por parte do governo, para as famílias brasileiras – não apenas para as mais vulneráveis, como ocorre no Programa Bolsa Família. “Apoio para que elas possam cumprir o papel de primeira educadora. As crianças estão cada vez mais sendo deixadas de lado”, criticou.

O plano já foi entregue ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e deverá entrar na pauta do órgão para aprovação no próximo dia 14. Em seguida, será repassado ao governo federal como proposta de ações e de metas a serem alcançadas até 2022.

“A expectativa é que o governo encaminhe para o Congresso Nacional, para se transformar em lei. Assim, haverá mais força de execução, além de criar uma cultura de planejamento a longo prazo para alcançar as metas sem a descontinuidade tão tradicional na política pública brasileira”, afirmou o secretário.

A Rede Nacional Primeira Infância pretende desenvolver ainda medidas visando à elaboração de planos estaduais e municipais, que adequem as disposições do plano nacional aos diferentes territórios brasileiros.

Composta de 86 organizações governamentais, não governamentais, multilaterais e empresariais, o órgão promoveu, durante dois anos e meio, reuniões, debates, audiências públicas presenciais e pela internet para a elaboração do plano.

Crianças de 3 a 6 anos também participaram, expressando desejos e necessidades por meio de dinâmicas apropriadas para a faixa etária. Entre os temas abordados estão saúde, alimentação, lazer e violência.

Edição: Graça Adjuto

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