Rio, 5/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - As informações ainda são contraditórias sobre a nova rebelião de presos no sistema penitenciário do Estado do Rio.
Trinta policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) estão no interior do complexo de presídios da Frei Caneca, no centro da cidade.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Paulo Ferreira, que está no local, a rebelião começou quando um grupo de presos rompeu os cadeados de uma das galerias e passou a ameaçar os agentes de plantão.
O BOPE foi rapidamente acionado e invadiu a unidade. De acordo com Ferreira, tiros foram disparados por policiais para conter a rebelião, mas ainda não há informações sobre a dimensão do confronto. Ele acredita que um agente tenha ficado ferido. Familiares dos presos permanecem na entrada principal da Frei Caneca, aguardando por informações.
Porto Alegre, 5/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, está participando do lançamento do projeto "Creative Commons", no 5º Fórum Internacional do Software Livre (5FISL), em Porto Alegre.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o movimento Creative Commons do Brasil tem por objetivo a criação de um conjunto de bens culturais livres para circulação e recriação coletiva, através da disponibilização de licenças jurídicas acessíveis a todos.
Irene Lôbo,
Repórter da Agência Brasil
Cidade de Goiás 5/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O documentário Chernobyl Heart (Bielorússia, 2003), ou Coração de Chernobyl, foi considerado pelo júri do VI Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) um dos filmes mais polêmicos do festival. Na noite de sua exibição, o filme ganhador do Oscar de melhor documentário de 2003 (entregue em 2004), da diretora americana Maryann De Leo, foi ao mesmo tempo aplaudido e vaiado pelo público.
O documentário mostra a dramática história de crianças atingidas pela explosão de Chernobyl, na Rússia. Para fazer o filme, Maryann conta que viajou com um grupo humanitário que trabalha com essas crianças e visitou hospitais, institutos psiquiátricos e de tratamento de câncer. As lentes captaram os efeitos causados pela radiação e o sofrimento das crianças atingidas, 16 anos depois da tragédia.
Em entrevista à Agência Brasil, a diretora Maryann De Leo fala da experiência de filmar no palco de uma das maiores tragédias nucleares mundiais e mostrar o documentário num festival de cinema ambiental brasileiro.
ABr: Do que trata o filme?
O filme fala dos efeitos da radiação nas crianças 16 anos depois do acidente nuclear de Chernobyl. É uma jornada pelo país com uma associação humanitária que cuida dessas crianças. Eles me mostraram as condições de saúde de algumas dessas pequenas vítimas.
ABr: E qual foi a sua primeira impressão quando viu de perto essas crianças?
Eu comecei o filme porque vi algumas fotografias das Nações Unidas sobre essas crianças e foi muito chocante, muito forte. Então eu quis relembrar a todos nós o que aconteceu lá e quando eu estava lá foi duro, foi difícil ver as crianças porque você não pode fazer muito por elas. E eles são tão inocentes, e as suas vidas foram tão alteradas pelo que aconteceu...a população adolescente, muitos deles têm câncer de tireóide, mas isso é mais ou menos curável. Há também muitas crianças que nasceram com deformações físicas, mentais, e há muitos órfãos também, porque o governo incentivava os pais que tinham bebês com deformações a abandonar seus filhos.
ABr: Por que você escolheu filmar este tema?
Eu tinha me esquecido completamente deste assunto, eu realmente não sabia o que tinha ocorrido lá e foi somente quando eu vi as fotografias que eu me lembrei e pensei que se eu tinha me esquecido talvez muitas outras pessoas tivessem também. Foi uma oportunidade de discutir novamente toda essa questão nuclear, o que acontece quando ocorre um acidente assim, e eu acho que muitos já esqueceram como isso é perigoso. É um assunto difícil de manter na mídia e na mente das pessoas porque todos os dias acontecem tantas coisas ruins, né?
ABr: O que representa para você exibir o seu filme num festival ambiental brasileiro?
É muito importante para mim estar mostrando o filme num festival voltado para as questões ambientais. Eu acho que é importante refletir sempre sobre os temas ligados ao meio ambiente, os filmes falam sobre questões que acontecem em todo o mundo e é preciso prestar mais atenção a esse assunto.
Abr: O foco do seu filme é o sofrimento das crianças de Chernobyl, mas o que você observou sobre as conseqüências do acidente nuclear no meio ambiente?
Ainda há muita contaminação. O rio está contaminado, o ar, a comida. Durante as filmagens, checávamos a radiação em nossos corpos e havia césio. O depósito onde foram colocados os reatores da usina continuam vazando, então é um problema ainda muito sério.
Abr: Como foi a reação do público que assistiu o filme aqui no festival?
Foi muito misturado. Essa é a primeira vez que eu vejo o filme fora dos Estados Unidos, e no final aparece (no filme) um médico norte-americano que operou algumas das crianças vítimas de Chernobyl, mas algumas pessoas interpretaram isso como orgulho americano. Eu fiquei chocada porque essas pessoas perderam o foco do filme, que são as crianças. Elas apenas se concentraram no fato de o médico ser norte-americano, mas esqueceram que o filme não era sobre o médico. Eu fiquei realmente muito surpresa.
Entenda o acidente de Chernobyl
Em 25 de abril de 1986, a cidade de Chernobyl, localizada na ex-URSS (atualmente Ucrânia), foi palco do pior acidente nuclear ocorrido no mundo. A usina nuclear de Chernobyl, localizada a 80 milhas no norte da cidade de Kiev, era composta por quatro reatores e no momento em que o reator 4 estava sendo testado os procedimentos de segurança foram negligenciados. À 1h23 da madrugada, ocorreu uma explosão e uma bola de fogo fundiu o aço e a tampa concreta do reator.
O acidente de Chernobyl matou mais de 30 pessoas imediatamente. Como resultado dos altos níveis de radiação que atingiram um raio de 20 milhas, 135 mil pessoas deixaram a cidade. Depois do acidente, nada mais pode ser plantado nas imediações da cidade, rios e ar continuam contaminados e milhares de crianças nascem todos os anos com deformações físicas e mentais.
Irene Lôbo,
Repórter da Agência Brasil
Cidade de Goiás , 5/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - No início de junho, a centenária Cidade de Goiás, distante 148 km de Goiânia, deixa de ser um município pacato do interior, com ruas de paralelepípedos e casas centenárias, para abrigar as idéias de cineastas que utilizam a sétima arte para discutir questões ambientais ou simplesmente mostrar a beleza que existe longe da modernidade do concreto.
É no coração do Brasil, numa cidade que é Patrimônio Histórico da Humanidade, que acontece pela sexta vez o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica).
Criado em 1999, os vilaboenses (nativos da cidade) já se acostumaram com a agitação que durante uma semana modifica o cotidiano da cidade onde nasceu a poetisa Cora Coralina. E festejam R$ 1,5 milhão deixados pelos turistas. São quase 60 mil, vindos de outras regiões do país e até de outros países. Quase o dobro dos habitantes da cidade.
Este ano, foram selecionados filmes do Brasil e também da Alemanha, Índia, Bielorrúsia, França, Inglaterra, Suécia, Palestina, Nova Guiné e Senegal para o festival que já é considerado o quarto melhor do gênero no mundo e o mais importante realizado fora do território europeu.
Dos 222 trabalhos inscritos, apenas 29 disputam os R$ 250 mil em prêmios da mostra competitiva, formado por quatro longa metragem, sete médias, 16 curtas e duas séries televisivas.
Os assuntos abordados vão do acidente na usina de Chernobyl à escravidão sofrida por trabalhadores brasileiros na Guiana Francesa. Segundo Washington Novaes, consultor da pré-seleção e membro do júri oficial, a principal preocupação na escolha dos filmes era que estes unissem a estética com a temática ambiental.
Além da mostra de cinema, o VI Fica também apfresenta exposições fotográficas, de arte, apresentações musicais, oficinas de discussão e festas.
Recife, 5/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco pretende imunizar hoje, dia da primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a paralisia infantil, 813 mil crianças menores de cinco anos.
Este ano o Ministério da Saúde enviou um milhão e trezentas mil doses da vacina Sabin.
Personagens do mundo encantado do circo como palhaços, bailarinas, mágicos e malabaristas foram convocados para distrair a garotada na sede da Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD), onde a campanha foi aberta.
De acordo com a coordenadora do programa nacional de imunização, Ivone Ferreira, embora Pernambuco não registre casos de paralisia infantil há 16 anos, não se pode descuidar, uma vez que o Estado recebe um fluxo elevado de turistas do exterior.
Já no Recife, a meta da secretaria municipal de saúde é imunizar 95% das crianças, o que equivale a 11.495 menores. Além da vacina Sabin, estão disponíveis, também, em 600 postos, doses contra hepatite B, tuberculose, difteria, tétano, sarampo e rubéola.
Rio, 5/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - Nova rebelião de presos está acontecendo hoje no sistema penitenciário do Estado do Rio.
Desta vez é no presídio Milton Dias Moreira, no complexo da Frei Caneca, no centro da cidade. Trinta homens do Batalhão de Operações Especiais já estão no interior do complexo de presídios.
Familiares de presos encontram-se na entrada principal da penitenciária aguardando informações. Até o momento, nenhuma autoridade do sistema penitenciário se manifestou sobre a nova rebelião. O clima é tenso.
Brasília, 5/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Mega Sena está acumulada pela nona vez e poderá pagar no sorteio desta noite, a ser realizado em São Joaquim da Barra, em São Paulo, prêmio estimado em R$ 45 milhões.
Este é o maior prêmio do ano e a terceira maior acumulação da história da Mega Sena. Ela foi criada em 1996 e já contemplou até aqui 179 ganhadores com os seis acertos.
São Paulo já teve 43 apostadores com o prêmio máximo, da sena. Em seguida vem o Paraná, com 17, e o Rio de Janeiro, com 16 ganhadores.
No sorteio da última quarta-feira foram apostados 13,7 milhões de bilhetes e 457 pessoas acertaram 5 dezenas, levando o prêmio de R$ 7,8 milhões. As apostas para hoje poderão ser feitas até o fechamento das casas lotericas, que nos shoppings funcionam até o final da tarde.
Brasília, 5/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) do Ministério da Agricultura informa a previsão do tempo para hoje nas capitais.
Aracaju (SE): nublado a parcialmente nublado com chuvas isoladas pela manhã. Temperatura estável. Máxima de 29 graus.
Belém (PA): parcialmente nublado a nublado com possibilidade de chuvas em áreas isoladas no final do período. Temperatura estável. Máxima de 33 graus.
Belo Horizonte (MG):parcialmente nublado a claro. Temperatura em ligeiro declínio. Máxima de 23 graus.
Boa Vista (RR):encoberto a nublado com pancadas de chuvas e trovoadas. Temperatura estável. Máxima de 33 graus.
Brasília (DF): claro a parcialmente nublado com névoa seca. Temperatura estável. Máxima de 24 graus.
Campo Grande (MS): claro com névoa seca. Temperatura estável. Máxima de 23 graus.
Cuiabá (MT): parcialmente nublado com períodos de nublado e com névoa seca. Temperatura em estável. Máxima de 28 graus.
Curitiba (PR): nublado a parcialmente nublado com nevoeiro e/ou névoa úmida. Temperatura em ligeiro declínio. Máxima de 15 graus.
Florianópolis (SC): parcialmente nublado com nevoeiro e/ou névoa úmida. Possibilidade de chuva em áreas isoladas. Temperatura em declínio. Máxima de 21 graus.
Fortaleza (CE): nublado a parcialmente nublado com chuvas isoladas. Temperatura estável. Máxima de 31 graus.
Goiânia (GO): parcialmente nublado com períodos de nublado e com névoa seca. Temperatura estável.. Máxima de 25 graus.
João Pessoa (PB): nublado com chuva esparsas. Temperatura estável. Máxima de 28 graus.
Macapá (AP): nublado a parcialmente nublado com pancadas de chuvas em áreas isoladas. Temperatura estável. Máxima de 31 graus.
Maceió (AL): nublado a parcialmente nublado com chuvas esparsas. Temperatura estável. Máxima de 29 graus.
Manaus (AM): nublado com possibilidade de chuvas em áreas isoladas. Temperatura estável. Máxima de 32 graus.
Natal (RN): nublado com chuva esparsas.Temperatura estável. Máxima de 30 graus.
Palmas (TO): Nublado com períodos de parcialmente nublado com chuva isoladas. Temperatura estável. Temperatura em ligeiro declínio. Máxima de 30 graus.
Porto Alegre (RS):parcialmente nublado com nevoeiro e/ou névoa úmida. Temperatura em ligeiro declínio. Máxima de 19 graus.
Porto Velho (RO): parcialmente nublado com períodos de nublado com possibilidade de chuvas. Temperatura estável. Máxima de 29 graus.
Recife (PE): nublado com chuvas esparsas. Temperatura estável. Máxima de 29 graus.
Rio Branco (AC): parcialmente nublado a nublado. Temperatura ligeira elevação. Máxima de 30 graus.
Rio de Janeiro (RJ): claro com períodos de nublado e névoa úmida pela manhã e a noite.Temperatura estável. Máxima de 26 graus.
Salvador (BA): parcialmente nublado a nublado com chuvas isoladas. Temperatura estável. Máxima de 28 graus.
São Luís (MA): nublado a parcialmente nublado com pancadas de chuvas em áreas isoladas. Temperatura estável. Máxima de 32 graus.
São Paulo (SP): nublado a parcialmente nublado. Temperatura estável. Máxima de 19 graus.
Teresina (PI): nublado a parcialmente nublado com possibilidade de chuvas em áreas isoladas. Temperatura estável. Máxima de 33 graus.
Vitória (ES): nublado a parcialmente nublado com chuvas isoladas, melhorando no decorrer do dia. Temperatura estável. Máxima de 23 graus.
Brasília, 5/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTT) lança na próxima terça-feira uma campanha nacional para combater o transporte pirata em todo o país.
Está prevista a realização de uma manifestação em Brasília, em frente ao Congresso Nacional. Trabalhadores da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiânia e Brasília deverão participar de uma carreata na Esplanada dos Ministérios. Durante a manifestação, os líderes do movimento vão se reúnir com representantes de governo, entre eles o secretário Nacional de Transportes e da Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, José Carlos Xavier.
Xavier explica que o apoio à campanha foi motivado pela afinidade com a proposta. Para ele, o transporte público tem que ser prestado sob gestão pública porque somente dessa maneira é possível promover planejamento, fiscalização e fixação das tarifas. "Acreditar num serviço estruturado significa entender que o transporte prestado sob o interesse dos prestadores é incompatível com a qualidade. Incompatível porque experiências de desregulamentação feitas por outros países se mostraram desastrosas", disse.
Mas alguns usuários não pensam assim. Para Doralice dos Santos, moradora de Samambaia Sul, cidade próxima a Brasília, o transporte alternativo é muito útil porque aumenta a oferta. "Tem poucos ônibus nas linhas e na maioria das vezes eles não cumprem horário", reclamou. Ivaneide de Moura Caetano, moradora de Recanto das Emas, em Brasília, tem a mesma opinião. Mas ressalta que a segurança não é a mesma. "Andam sempre correndo e com lotação além da permitida. Eu só pego quando estou com muita pressa", disse.
O secretário Xavier disse que é legítimo que o usuário pense dessa forma e que cabe ao Poder Público mostrar que esse tipo de transporte não é sustentável. "O motorista clandestino presta os serviços de acordo com seu interesse pessoal de rentabilidade. As cidades exigem um sistema de alta capacidade e essas redes com veículos de baixa capacidade oneram o trânsito, aumentam os acidentes, a poluição e vão terminar parando o sitema de transporte", ressaltou.
O presidente da CNTT, Lúcio Lima, lembrou que em oito anos o sistema de transporte clandestino abocanhou 100 mil postos de trabalho com carteira assinada. Segundo ele, a concorrência com os piratas é desleal por causa da sonegação de impostos e encargos sociais.
Ele reconheceu, entretanto, que é preciso que as empresas de ônibus melhorem os serviços. "Há oito anos os focos de transporte pirata surgiram exatamente pela lacuna deixada pelas empresas que nunca prestaram um bom serviço para a população, salvo raras exceções", finalizou.
Brasília, June 7, 2004 (Agência Brasil) - An acute syndrome, probably caused by the mixture of hepatitis B and D (delta) viruses, can, over the course of 20 years, wipe out the communities that occupy the second largest Indian reserve in Brazil, the Javari Valley. The alert is being sounded by Jecinaldo Satere-Mawé, president of the Coordination of Brazilian Amazon Indigenous Organizations (Coiab). There are no official statistics, nor even estimates, but, according to the Javari Valley Indigenous Council (Civaja), each week Indians are removed from the reserve to receive health care.
In 2003, 15 Indians from different communities died from the syndrome. According to the Civaja, the diagnosis is always the same: Acute Hemorrhagic Fever and Jaundice Syndrome. The organization reveals that blood tests to identify the presence of hepatitis virus were performed onl only two of the victims. The results were positive.
The Javari Valley reserve, the second largest in Brazil, is about the same size as Portugal. 3,500 Indians from the Kanamari, Kulina, Matis, Mayuruna, and Maruba ethic groups live there. There is only one health post in the entire territory, in the city of Atalaia do Norte. Access to the region is difficult, and transportation possibilities are limited, especially at certain times of the year.
HEMORRHAGIC HEPATITIS
Dr. Thor Dantos, a specialist in infectious and tropical diseases and director of the Rio Branco General Clinical Hospital, in the state of Acre, confirms that the Javari region is highly contaminated by various types of hepatitis virus. Among them, the virus responsible for hepatitis delta, a form of the disease that is very aggressive and hard to cure and which, in its acute form, is known to history as the "black plague of Labria."
The hepatitis delta virus can only manifest itself when it coexists in the organism with the hepatitis B virus. It is the union of these two infectious agents that causes the acute syndrome. The medications designed to combat the delta virus have proved ineffectual, achieving success in fewer than 10% of the cases and producing serious side effects. Nevertheless, the vaccine against hepatitis B is highly effective. This, in Dantos's opinion, can prevent the onset of "superinfection," the result of the combination of the two viruses in the human organism.
The manfestation of hepatitis delta leads to fever, general hemorrhaging, and numerous other symptoms. Various examinations are necessary to confirm the diagnosis. "Once the syndrome has appeared, the chances of saving the person's life are always close to zero. Only prevention, through vaccination and the use of condoms during sexual intercourse, can save these people, by avoiding simultaneous infection by types B and delta," the specialist warns.
FUNASA'S RESPONSIBILITY
The National Health Foundation (Funasa), the federal organ responsible for Indian health, is accused by the organizations in the Javari Valley of neglect in caring for victims of the syndrome. A charge with which backwoodsman Sidney Possuelo, general coordinator of Isolated Indians in the National Indian Foundation (Funai), concurs. In his view, if the same situation were confirmed in "any of the country's tiny towns," the health authorities would order a quarantine.
Iraneide Barros, general coordinator of Indian health care in the Funasa, refutes the criticisms. He claims that the organ has a policy for the region but encounters difficulties in putting it in practice. "We are working with only one boat," he declares, admitting that the institution is aware of the high degree of hepatitis contamination in the region. "However, not all of them showed symptoms of superinfection, a mixture of B and D-type viruses. They didn't die of hemorrhagic fever. We need to test for other diseases, such as hantavirus and even malaria," he argues.
Reporter: Beth Begonha
Translator: David Silberstein