Farc convidam Maradona para Partida pela Paz em Havana

02/12/2013 - 22h38

Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC

Bogotá – As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) convidaram hoje (2) o ex-jogador de futebol argentino Diego Armando Maradona para participar de uma Partida pela Paz, um jogo de futebol que a guerrilha pretende fazer em Havana (Cuba), onde os negociadores das Farc e do governo negociam o fim do conflito armado.

A Colômbia foi classificada para o Mundial de Futebol de 2014 após 16 anos sem participar da competição. O anúncio do convite a Maradona foi feito pela delegação das Farc, que posou para fotos vestida com a camiseta da seleção colombiana. A Copa será disputada no Brasil.

A proposta da partida partiu de dois ex-jogadores da seleção colombiana: Carlos Valderrama e Mauricio Serna. As Farc aceitaram a ideia de fazer o evento em Cuba em prol da paz na Colômbia.  “Aceitamos com muita satisfação este desafio e complementamos a proposta da seguinte maneira: jogamos duas partidas. A primeira aqui em Cuba e a segunda em Santa Marta, cidade de onde saíram tantas glorias do futebol colombiano”, declararam as Farc em um comunicado.

O chefe da delegação negociadora das Farc em Havana, Iván Márquez, explicou por que a guerrilha convidou Maradona. “Necessitamos que tenhamos deste lado uma boa representação e por isso, daqui de Havana, lançamos um SOS [pedido de ajuda] para este processo de paz a Diego Armando Maradona”, declarou. Politicamente o ex-jogador já mostrou afinidade à ideologia de esquerda e se declara fã do ex-presidente Hugo Chávez, de quem as Farc são simpatizantes.

As Farc demonstraram compartilhar com outros colombianos o gosto pelo futebol. “Quando o tempo livre nos permite, nos dedicamos a jogar um pouco de futebol e inclusive queremos que as mulheres participem deste evento”, acrescentou Márquez.

Desde a semana passada as Farc e o governo colombiano fazem o 17º ciclo de conversações pelo fim do conflito. A mesa negociadora começou a analisar o problema das drogas ilícitas no país,  o terceiro item da agenda de diálogos.

Edição: Fábio Massalli

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