Tombini prefere destacar que a Moody's manteve grau de investimento do Brasil

03/10/2013 - 11h30

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, minimizou o rebaixamento da perspectiva da nota da dívida soberana brasileira pela Moody's, agência de classificação de risco. Ele preferiu destacar que o rating do Brasil foi mantido em grau de investimento.

A agência reduziu a perspectiva da nota da dívida soberana do Brasil de positiva para estável, mas o rating permanece em Baa2. A Moody's classifica o Baa1, Baa2 e Baa3 como grau de investimento, com qualidade média.

Tombini lembrou que a agência confirmou o grau de investimento. Com isso, segundo ele, duas das três maiores agências indicam que “o Brasil é grau de investimento”. “O Banco Central está sempre atento, acompanhando a evolução dessas avaliações”, disse.

Segundo a agência, a decisão foi tomada devido à deterioração da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e menores taxas de investimentos. Além disso, para a Moody's, há evidência de que a economia caminha para um longo período de baixo crescimento. De acordo com a agência, o PIB deve crescer pouco acima de 2%, em 2013 e 2014.

A Moody's também vê deterioração na qualidade de relatórios das contas públicas e repasses contínuos do Tesouro para apoiar aumento de empréstimos ofertados por bancos públicos. Tombini está em Londres, onde participou hoje (3) de evento sobre perspectivas para a economia brasileira.

Em junho, outra agência de classificação de risco, a Standard&Poor's, diminuiu de neutra para negativa a perspectiva de nota para a economia brasileira. A avaliação sobre a dívida do país não foi alterada naquela oportunidade, mas a agência americana indicou que poderia reduzir a nota em próximos comunicados.

Edição: Davi Oliveira

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