Sobe número de prisões na Operação Parasitas contra fiscais da Vigilância Sanitária do Rio

03/10/2013 - 22h43

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Subiu para 25 o número de suspeitos presos na Operação Parasitas iniciada hoje (3) pela Polícia Civil fluminense com o apoio do Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ). A operação desarticulou uma quadrilha formada por fiscais da Vigilância Sanitária da prefeitura do Rio que atuava desde 2010. A quadrilha extorquia comerciantes e profissionais de diversas atividades para não aplicar multas desnecessárias ou combater irregularidades.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, na casa do médico veterinário e fiscal da Vigilância Sanitária, Adolfo José Wiechmann, a polícia encontrou três espingardas e munição. No total, a operação apreendeu R$ 1,1 milhão em dinheiro, além de documentos e computadores. No sítio do agente de inspeção veterinária Luis Carlos Ferreira de Abreu, em Campo Grande, na zona oeste da cidade, foi localizada uma mala com R$ 800 mil.

De acordo com o Ministério Público, a Justiça decretou a prisão preventiva de 30 pessoas envolvidas no esquema, 20 delas fiscais da Vigilância Sanitária municipal. As denúncias são relativas à concussão (vantagem obtida por funcionário público), formação de quadrilha e falsificação de documentos. A quadrilha aproveitava o cargo para extorquir bares, restaurantes, clínicas, farmácias e outros tipos de comércio.

Apontado como chefe da quadrilha, o supervisor da Vigilância Sanitária Eduardo de Nigris viajou recentemente para o exterior e é considerado foragido. Desde março, ocupava o cargo de gerente de Integração de Serviços de Alimentos. Nigris trabalha na prefeitura carioca há 20 anos.

 

Edição: Aécio Amado

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