Comissão da Alerj quer descredenciamento de fornecedora de fralda geriátrica para farmácias populares

18/09/2013 - 23h58

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) vai encaminhar ofício à Secretaria de Estado de Saúde pedindo o descredenciamento da empresa Vida Farma dos editais de licitação para o fornecimento de medicamentos e fraldas geriátricas para as farmácias populares do estado. O produto sumiu de várias farmácias populares por causa da demora na entrega, prejudicando os consumidores.

De acordo com o presidente da comissão, deputado Márcio Panisset (PDT), o assunto foi discutido em reunião ontem (17), entre a comissão e o Instituto Vital Brazil (IVB), responsável por gerenciar o programa das farmácias populares. Para o parlamentar, "essa medida impedirá que outras empresas, em futuros empenhos, também violem os prazos definidos nos contratos”.

O presidente do IVB, Antônio Werneck, confirmou o descompromisso da empresa com a entrega do material. "Por mês, 2 milhões de unidades de fraldas são vendidas nas farmácias populares, mas em agosto, por exemplo, só 800 mil foram vendidas, porque a fornecedora não terminou a entrega. Uma análise administrativa será feita para definir as punições cabíveis, sejam elas, multas ou a suspensão de fornecimento para o estado", disse.

"Assim que regularizarmos a falta de fraldas, com os carregamentos que chegam entre hoje [18] e segunda-feira [23], com 500 mil unidades, vamos tomar uma decisão sobre o assunto. Mas, declaramos de antemão que o contrato com a Vida Farma não será renovado no fim de setembro. Uma nova licitação será aberta", acrescentou Werneck.

Sobre a escassez dos 49 medicamentos de uso contínuo, o presidente da IVB garantiu que ainda esta semana o problema será resolvido. “Uma compra emergencial já foi feita para suprir a demanda dos próximos três meses. O carregamento desses medicamentos também será entregue hoje e distribuído às farmácias amanhã [19]. Nesse caso assumimos nossa falha, tentamos usar uma estratégia de licitação que não deu certo", explicou.

 

Edição: Aécio Amado

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