Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os bancários da capital fluminense decidiram em assembleia agora à noite entrar em greve por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira (19). A categoria reivindica 11,93% de reajuste, sendo 6,93% referente a inflação do período, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e mais 5% de ganho real, além de três remunerações referentes à Participação nos Lucros e Resultado (PLR), mais um valor fixo de R$ 5.553,15. A classe pede ainda piso inicial de R$ 2.860.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece 6,1% de reajuste sobre os salários, piso e todas as verbas salariais, como auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche, além de um PLR abaixo do que a categoria pede nas negociações.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Município do Rio, Almir Aguiar, os empresários não avançaram nas negociações. "A nossa minuta de acordo foi entregue no início de agosto à Fenaban, com reivindicação de reajustes salariais de 11,93%, ou seja, inflação mais 5% de aumento real. A resposta dos banqueiros foi uma provocação, propuseram 6,1% de reajuste, o que repõe apenas o INPC do período, sem aumento real. A proposta é inaceitável, pois os lucros dos bancos são os maiores da história financeira do país", disse.
O sindicalista disse que a categoria está organizando como vão funcionar os piquetes na porta dos bancos, principalmente na área central da cidade, onde há 280 agências bancárias. Segundo ele, a pauta econômica da categoria é unificada e o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal também vão participar do movimento. Apenas os caixas eletrônicos estarão disponíveis para atendimento ao público.
Edição: Fábio Massalli
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