Países de língua portuguesa comemoram eleição de brasileiro para a OMC

07/05/2013 - 18h42

Gilberto Costa
Correspondente da Agência Brasil/EBC

Lisboa – O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Isaac Miguigy Murargy, festejou a eleição do embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Para Murargy, a vitória poderá trazer nova dinâmica nas relações comerciais Norte-Sul, inclusive para destravar a Rodada Doha para a liberação do comércio internacional. “Desde o ex-chanceler Celso Amorim, o Brasil tem tido grande atuação em favor da Rodada Doha”, lembrou.

“Estamos muito satisfeitos com a vitória. Reflete a força da CPLP na concertação internacional”, disse à Agência Brasil o secretário executivo, que é moçambicano. Ele assinalou que, além da CPLP, a escolha agrada aos países da África, onde o Brasil é considerado “um país irmão”. Na semana passada, a CPLP divulgou nota em favor de Azevêdo.

A vitória também foi comemorada pelos portugueses. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, ligou para o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, felicitando pela vitória do candidato do Brasil na eleição para diretor-geral da OMC”. Conforme Portas, é possível “ter esperança no desenvolvimento do comercio global, o que é e muito importante para a economia global”.

Em visita a Portugal no mês passado, o chanceler brasileiro foi informado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho de que o governo português iria apoiar a candidatura do embaixador brasileiro. Ontem, a União Europeia, da qual Portugal faz parte, declarou apoio ao candidato mexicano Herminio Blanco, na rodada final da eleição.

Segundo nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, “a diplomacia portuguesa trabalhou com a brasileira no apoio de vários países à candidatura”. Em 2011, o apoio de Portugal e da CPLP foi decisivo para a eleição do também brasileiro José Graziano ao posto de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), eleito por um voto a mais que o concorrente espanhol.

Edição: Davi Oliveira

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