Comissão de Direitos Humanos aprova requerimentos em reunião fechada

10/04/2013 - 20h09

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Em reunião restrita a deputados, imprensa e assessores parlamentares, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM) aprovou, hoje (10), quatro requerimentos, sendo dois de audiências públicas e dois de diligências. A reunião foi iniciada com a presença de manifestantes contrários e favoráveis à permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) no comando da CDHM, mas em virtude dos tumultos, a sessão foi transferida para outro plenário com portas fechadas.

Enquanto os deputados discutiam os requerimentos, manifestantes pró-Feliciano e contrários a permanência dele na comissão protestavam nos corredores das comissões da Câmara. No plenário da comissão, os desentendimentos foram entre a representante do PT, deputada Erika Kokay (DF), e deputados defensores de Feliciano.  O deputado Takayama (PSC-PR) acusou a petista de tentar impedir os trabalhos da CDHM. “O retrato do ódio, da incitação está vindo de pessoas  que tentam desestabilizar os trabalhos da comissão”.

A deputada Erika Kokay retrucou os ataques e disse que estava sendo “extremamente ofendida pelo deputado”. Ela acusou a comissão de ser palco da “inexistência da democracia” e alertou que é preciso ficar atento para isso. Érika reclamou de ter sua fala cortada pelo presidente da comissão e disse que estava no plenário para tentar salvar alguns projetos. “Os projetos são extremamente importantes e eles seriam absolutamente adulterados se deixasse nessa logica preconceituosa que está em curso na comissão”, disse.

A deputada petista foi duramente criticada pelos integrantes da comissão por suas posições e por obstruir as votações de todos os requerimentos. Ela chegou a pedir a leitura da ata da sessão anterior da comissão, o que foi criticado pelos demais integrantes do colegiado. Ela disse que a obstrução foi feita porque os deputados defensores dos direitos humanos não concordam com a presidência da comissão. “Estamos em obstrução, porque não reconhecemos a presidência da comissão e não achamos que é legitima a sua assunção à presidência”.

Ao término dos trabalhos, o deputado Pastor Marco Feliciano disse que as reuniões da comissão “vão continuar abertas e que a ordem será mantida”. Segundo ele, a comissão está trabalhando e cumprindo o seu papel na defesa dos direitos humanos. “A comissão está indo de vento em popa”. Feliciano marcou nova reunião da CDHM para quarta-feira da próxima semana para a apreciação de projetos e requerimentos.

Edição: Fábio Massalli

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