Líder do PMDB se diz vítima de estelionatário e contesta ação penal no STF

21/03/2013 - 20h46

Iolando Lourenço e Ivan Richard
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), criticou hoje (21) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que acatou denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusa o parlamentar de ter apresentado documentos falsos. Por 6 votos a 3, a Corte decidiu que Cunha será réu em ação a ser julgada pelos ministros.

Em nota, o líder peemedebista diz que foi vítima de um estelionatário, mas que confia na decisão final da Justiça. “Fui vítima do malfeito de um estelionatário já condenado, em função do meu testemunho de acusação. O condenado em questão, um ex-procurador do Ministério Público (MP-RJ), mencionado no inquérito, foi julgado e, graças ao meu testemunho à Justiça, condenado por ter falsificado vários documentos”, defendeu-se Cunha.

Para o Ministério Público Federal, o deputado apresentou documento falso para suspender processo em andamento no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, que apurava sua gestão na Companhia Estadual de Habitaçã (Cehab-RJ). A apresentação dos documentos falsos levou à suspensão do processo no tribunal, beneficiando o deputado fluminense.

Na nota, Eduardo Cunha acrescentou que, como testemunha, contribuiu para a demissão do ex-procurador “fraudador”. Segundo ele, outras pessoas também foram prejudicadas pelo então procurador estadual. “Como poderia imaginar ser falso um documento oficial do MP fornecido por um procurador? Se não fosse o documento original por mim entregue ao MP e à Justiça, não se teria provado a sua falsificação”, ponderou.

O deputado pontuou ainda que a decisão do STF não representa sua condenação. “Confio na decisão final da Justiça, que concluirá pelo despropósito da acusação”.

Edição: Carolina Pimentel

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