Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Diante da proximidade do período de chuva intensa na região Centro-Sul do país, o governo federal anunciou hoje (12) um plano de ação para o Sul e o Sudeste brasileiros. Ao todo, 195 municípios com maior risco de desastres naturais serão monitorados. As cidades respondem por mais de 87% de mortes registradas após os desastres.
Pouco antes do anúncio, ao participar do programa de rádio Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, em parceria com a EBC Serviços, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, destacou que os temporais nestas regiões são registrados entre 15 de dezembro e 15 de fevereiro.
Durante o lançamento do plano, ele explicou que há previsão de ações de prevenção e de resposta a desastres naturais, por meio de mapeamento de áreas de risco, o que possibilitará alertas às populações em tempo oportuno. A ideia, nesses casos, é emitir boletins diários sobre a situação em localidades afetadas por deslizamentos de terra.
O ministro disse que a Força Nacional de Emergência será instalada amanhã (13) no Rio de Janeiro e, na semana que vem, em Minas Gerais. A medida pode ser ampliada aos estados de São Paulo e do Espírito Santo. “Esse é um avanço, uma mudança de atitude e de cultura, no sentido de mobilizar e articular os profissionais e colocá-los sob uma coordenação única”, disse.
De acordo com Fernando Bezerra, a dotação atual do orçamento para ações de prevenção a desastres naturais é de R$ 7,7 bilhões. Mais de R$ 77 milhões foram destinados à compra de materiais e equipamentos para salvamento, além de pontes móveis utilizadas em casos de municípios isolados por inundações e apoio aéreo.
Desde o mês passado, cerca de 2 mil moradores do Sul e Sudeste foram treinados por meio dos chamados simulados. No sábado passado (8), a última etapa de capacitação foi encerrada nos estados de Santa Catarina e Paraná.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde contará com 330 profissionais de saúde, 15 equipes de plantão e seis hospitais de campanha para atuar nos próximos meses. Ele informou que 428 kits de insumos médicos foram reservados para uso em desastres naturais. Cada um deles é capaz de atender até 1.500 desabrigados.
Edição Beto Coura