Greve da Polícia Federal no RJ prejudica emissão e entrega de passaportes

24/08/2012 - 19h28

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A greve de escrivães, agentes e papiloscopistas da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro, que conta com a adesão total dos servidores, completa 17 dias hoje (24), com a paralisação de serviços como a emissão e entrega de passaportes. Os delegados federais do Rio, em assembleia, decidiram, por unanimidade, rejeitar a proposta do governo do reajuste em três parcelas anuais de 5% em 2013, 2014 e 2015.

De acordo com o agente especial (agente com pelo menos 15 anos na função) e membro do comando de greve da PF do Rio, Gilberto Costa, todos os servidores têm o mesmo objetivo, que é o reconhecimento pelo governo da carreira como sendo de nível superior.

“Nós estamos numa luta por esta reestruturação, reivindicando nossos direitos e negociando com o governo. Não desejamos prejudicar a população. Queremos o reenquadramento da nossa carreira nas características de todas aquelas de nível superior”, disse.

Segundo Costa, a emissão de passaportes continua ocorrendo apenas para casos emergenciais. De acordo com o agente, o prazo normal para a retirada de passaporte seria 90 dias e, após este período, o documento seria cancelado. Mas, com a greve, as condições foram alteradas.

“A pessoa vem aqui, apresenta o recibo, e retira o passaporte. Para quem tem viagem marcada, o passaporte está sendo entregue. Para viagens a trabalho, está sendo feito também”, afirmou.

Costa disse ainda que a denominada “operação-padrão”, que realiza vistoria em todos os passageiros nos aeroportos, não está acontecendo. “A Justiça determinou a sua proibição. Esta operação deveria ser feita sempre e não a vistoria por amostragem, como é feita hoje. Se você tivesse um efetivo maior isso poderia ocorrer. Em qualquer aeroporto nos Estados Unidos, todos são vistoriados de forma rigorosa, principalmente depois [dos atentados] de 11 setembro”.

Na segunda-feira (27), a categoria deverá fazer assembleias em todo o país para decidir sobre a continuidade do movimento e também para avaliar as propostas do governo.

Edição: Fábio Massalli