Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Em apoio à greve nacional dos servidores públicos, alunos e professores de universidades federais e estaduais, além de representantes da área de saúde e de movimentos sociais, fizeram hoje (24) uma manifestação em frente ao portão principal do Estádio Jornalista Mario Filho, o Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro.
De acordo com o representante do comando estadual de greve, Adriano Carmelo, o objetivo da manifestação em frente ao Maracanã foi o de chamar a atenção da população para os gastos de verbas federais e estaduais em obras para a realização de eventos como a Copa do Mundo de 2014. Para ele, esses recursos deveriam ser aplicados em educação e saúde.
"A nossa perspectiva é que o governo modifique a postura de intransigência e reabra as negociações com os debates. Para isso nós estamos aqui, pedindo que o governo seja mais flexível e que a presidenta Dilma Rousseff negocie imediatamente a reivindicação dos servidores", argumentou.
No ato, foram usados carro de som, bandeiras e balões com frases de apoio ao movimento grevista. Depois, os manifestantes seguiram em direção à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que também está em greve. Apesar da manifestação, o trânsito nas vias ao redor do Maracanã não foi prejudicado. Ontem, manifestação de professores e estudantes da instituição acabou em confronto com policiais militares.
O estudante de história da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Marcel Gavazza, 22 anos, disse que está de acordo com a greve, embora o movimento já atrase por dois meses sua formatura. "Eu poderia estar me formando agora, mas entendo que é melhor não me formar, para que a universidade passe a ser de qualidade, do que me formar e a universidade continuar precarizada", afirmou.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje que o movimento na Uerj é influenciado pela greve das universidades federais. Ele prometeu atender à reivindicação dos professores sobre vinculação da dedicação exclusiva ao salário, mas cobrou o retorno ao trabalho. “Eu acho que os professores estão sendo manipulados. É um momento eleitoral e há partidos que acham que a greve os beneficia, então ficam estimulando isso", completou.
Edição: Davi Oliveira
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