Vaccarezza diz que governo não se opõe a depoimentos de ministros sobre irregularidades

01/08/2011 - 21h23

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o governo não irá dificultar o comparecimento de ministros à Casa para falarem sobre denúncias de irregularidades. Ele minimizou as acusações contra ministros que foram veiculadas nas últimas semanas. “As acusações e denúncias só podem ser consideradas reais se houver provas. Até agora não tem nenhuma comprovação”.

A oposição vai insistir para que os ministros alvo das denúncias sejam convocados para depor nas comissões técnicas da Câmara. “Sou favorável à aprovação de convites a ministros para falarem de suas pastas aqui na Câmara. Depende do tipo que for os convites. Se for para falar sobre algum problema da pasta nós não criaremos nenhuma dificuldade. Se a oposição vier para uma posição de confronto não aceitamos”.

Em relação às votações para os próximos dias, Vaccarezza disse que além das medidas provisórias que estão na pauta devem ser votados o Supersimples, o projeto que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que está com urgência constitucional vencida, entre outras matérias acertadas pelas lideranças partidárias. Amanhã, os líderes se reúnem com o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), para acertar a pauta de votações.

Quanto a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 300) que cria um piso salarial nacional para policiais e bombeiros militares e a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que trata de repasse de recursos para a saúde, Vaccarezza disse que as duas matérias dependem de negociação para serem apreciadas. “Depende de definição clara de financiamento para a saúde. Vamos discutir com governadores, prefeitos e oposição para buscar uma alternativa, sem ela não é possível votar”.

Em relação à PEC dos Policiais, o líder afirmou que é preciso discutir uma política salarial para os policiais no âmbito dos estados e que tem uma comissão especial na Câmara debater o assunto para buscar uma saída. “São discussões complexas que precisam ser feitas”.
 

 

Edição: Rivadavia Severo