Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Ao participar hoje (27) de um seminário sobre cooperação na área ambiental entre o Brasil e a China, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, disse que os dois países têm grande potencial hidrelétrico ainda inexplorado que poderá ser desenvolvidos por meio do intercâmbio tecnológico bilateral.
“Ambos têm grandes potenciais hidrelétricos ainda não explorados”, assinalou o presidente da EPE. “Os dois países estão investindo em [energia] eólica [dos ventos]. Então, há um grande potencial de cooperação nessa área. Acho que um [país] tem muito a aprender com o outro”.
Segundo Tolmasquim, um dos desafios das próximas décadas, tanto para o Brasil como para a China, é atender a demanda crescente de energia, preservando o meio ambiente. “Os países emergentes vão demandar mais energia. A gente tem que achar maneiras de crescer consumindo menos e emitindo menos (gases poluentes). Isso é possível, porque a gente pode desenvolver usando novas tecnologias disponíveis.”
Outra área em que há possibilidades para o intercâmbio entre o Brasil e China é a produção de biocombustíveis. Segundo o diretor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, está em processo de montagem na instituição uma usina de fabricação de biodiesel, usando uma nova tecnologia, desenvolvida na China, que poderá ser vantajosa para o Brasil.
Pinguelli disse que a usina terá caráter experimental e vai produzir biodiesel usando enzimas, em um processo diferente do que é adotado hoje no país. A usina entrará em funcionamento neste semestre.
Edição: João Carlos Rodrigues