Em pronunciamento ao vivo pela televisão, às 23h35 deste domingo (1º) em Washington (0h35 de segunda-feira no Brasil), Obama afirmou que Bin Laden foi morto em uma operação no interior do Paquistão.
"Nesta noite, posso relatar ao povo americano e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama Bin Laden, o líder da Al Qaeda, um terrorista que é responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes", disse o presidente americano. "Justiça foi feita", acrescentou.
O líder da Al Qaeda era acusado de comandar dezenas de atentados, incluindo as explosões em duas embaixadas americanas no Leste da África em 1998 e os ataques de 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de 3 mil pessoas no World Trade Center, em Nova York, e no Pentágono, em Washington.
Bin Laden ocupava o primeiro lugar na lista de criminosos mais procurados pelos Estados Unidos, e as forças americanas tentavam capturá-lo desde antes de 2001.
Antes mesmo da confirmação de Obama, centenas de pessoas portando bandeiras americanas já se reuniam em frente à Casa Branca para comemorar a notícia.
Segundo Obama, a operação que levou à morte de Bin Laden foi autorizada por ele na semana passada, após vários meses de coleta de informações de inteligência.
O presidente disse que, em agosto do ano passado, "depois de anos de trabalho meticuloso" da inteligência americana, foi informado sobre pistas que poderiam levar a Bin Laden. Ele informou que manteve diversos encontros com sua equipe de segurança e que novas informações indicaram que o terrorista estaria escondido em um complexo no interior do Paquistão.
"Na semana passada, eu decidi que tínhamos informações de inteligência suficientes para agir e autorizei uma operação para capturar Osama Bin Laden e trazê-lo à Justiça", afirmou Obama. Segundo ele, a operação foi conduzida por um "pequeno time de americanos" e não houve civis feridos. "Depois de uma troca de tiros, eles mataram Bin Laden e assumiram a custódia de seu corpo", acrescentou.
"A morte de Bin Laden marca a realização mais significativa até hoje nos esforços de nossa nação para derrotar a Al Qaeda", disse Obama. "No entanto, sua morte não marca o fim dos nossos esforços."
De acordo com o presidente americano, a Al Qaeda deve continuar a tentar realizar novos ataques contra os Estados Unidos. "Precisamos continuar vigilantes, em casa e no exterior", disse.