A três dias das eleições, governo chileno divulga ações de 20 anos da esquerda no poder

10/12/2009 - 11h21

Renata Giraldi
Enviada especial
Santiago (Chile) - A três dias das eleições chilenas, ogoverno da presidente Michelle Bachelet preparou um evento destinadoà imprensa estrangeira para analisar os 20 anos da coligaçãoConcertación (centro-esquerda) no poder.O seminário Eleiçõesno Chile: 20 Anos de Democracia, 200 Anos de Independência reúne historiadores, antropólogos, sociólogos e integrantes do governo eserá encerrado pela própria presidente Bachelet. Com 80% depopularidade, a presidente pode não fazer seu sucessor ao Paláciode La Moneda.Segundo a organizaçãodo evento, foram convidados diretores, editores e repórteres de 30veículos estrangeiros entre as Américas e a Europa. A organizaçãoé da Fundación Imagen de Chile.“O Chile é um paísque quer abrir-se para o mundo e ao mesmo tempo proteger-se”,afirmou o diretor-geral da Fundación Imagen de Chile, Juan GabríelValdés.“Segundo oex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso o Chile poderia serclassificado como um líder em conceito [em referência aos ganhossociais e econômicos do país]”, disse ele.O objetivo da fundaçãoé mostrar como o Chile conduziu a transição democrática comcrescimento econômico e proteção à rede social. Também serámostrado que foram firmados acordos comerciais 56 países atraindorecorde de investimentos nos últimos 20 anos de gestão da coligaçãoConcertación.“O encontro tem porobjetivo mostrar um terreno do país que somos e facilitar aatores-chave do mundo das comunicações conteúdos que permitamafinar seu olhar sobre o Chile na hora de analisar, informar edecidir sobre coberturas jornalísticas” afirmou a diretora deComunicação da Fundación Imagen de Chile, Jennyfer Salvo.Dono de uma daseconomias mais estáveis da América do Sul, o Chile tem cerca de16,5 milhões de habitantes, registra também um elevado índice dedesenvolvimento humanos e de qualidade de vida. O país mantém umarelação política conflituosa com os vizinhos Argentina e Peru, emdecorrência de disputas territoriais, denúncias de espionagem eameaças de conflitos armados são constantes.Com o Brasil, a relaçãodo Chile é tranquila. O comércio de bens aumentou 16,5% em 2008atingindo US$ 8,9 bilhões. Dos brasileiros, os chilenos comprampetróleo, telefones celulares e ônibus. Do Chile, o principalproduto comprado é o cobre, depois o metanol e salmão.