Violência no Brasil estará no foco das atenções da ONU na próxima semana

04/11/2009 - 15h47

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Por quatro dias o Brasil estará no foco das atenções daalta-comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos deDireitos Humanos, Navanethem (Navy) Pillay.  É a primeira vez que elaestará no Brasil.Crítica da posição israelense em relação ao conflito com os palestinos,Pillay visita o país no mesmo período que o presidente de Israel, ShimonPeres.Assessores das Nações Unidas tentam marcar audiências deNavy Pillay com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministrosda Justiça, Tarso Genro, e de Relações Exteriores, Celso Amorim. Tambémdevem ser agendados encontros com representantes da sociedade civil. Aideia é discutir questões como segurança pública, combate à pobreza ediscriminação. A violência urbana, os confrontos entrepoliciais e integrantes de quadrilhas, além da proliferação do uso dedrogas entre crianças e adolescentes devem ser alguns itens discutidospor ela na passagem pelo Brasil.Navy Pillay começa sua visita por Salvador (Bahia), depois segue para o Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e tem como último destino Brasília. Aagenda dela ainda está sendo fechada pelos assessores, mas o objetivo éanalisar todos os temas relativos aos direitos humanos no país.  Recentementea primeira brasileira a receber o Prêmio Anual de Human Rights First,Sandra Carvalho, reuniu-se com o relator especial das Nações Unidassobre Execuções Sumárias e Extra-Judiciais, Philip Alston. Na conversa,a brasileira disse que Alston demonstrou estar preocupado com a açãoviolenta da polícia.          Nas visitas que fez a outrospaíses, Navy Pillay foi bastante incisiva em suas posições. Segundoela, houve graves violações por parte do governo de Israel nosterritórios palestinos ocupados. Também apelou pelo fim do bloqueio epara que os responsáveis sejam responsabilizados. De acordo com ela, há“numerosos relatos” de ataques do Exército israelense contra civispalestinos.Navy Pillay já se manifestou em favor da libertaçãode presos políticos na Rússia e no Timor Leste. Também defendeu aautonomia do Tibete no aniversário de 60 anos da fundação da RepúblicaPopular da China, em outubro.