Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O faturamento (indicador que registra as vendas do período) da indústria cresceu 1% em setembro, na comparaçãocom agosto, segundo os Indicadores Industriais divulgados hoje (5)pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O percentualdesconsidera influências sazonais (períodos atípicos do ano) eefeitos de calendário.Na comparação com setembro de 2008, houve queda de 4,7%. Noterceiro trimestre, o faturamento apresentou expansão de 2,1% nacomparação com o trimestre anterior. O emprego cresceu 0,2% emsetembro, na comparação com agosto.“A expansão de setembro – a segunda seguida – confirma arecuperação do mercado de trabalho na indústria, de modo que, noterceiro trimestre o indicador avançou 0,3% frente ao trimestreanterior”, informa a CNI. Entretanto, em relação a setembro de2008, o emprego recuou 4,8%.A confederação indicaque “a recuperação do mercado de trabalho não propagou impactospositivos à massa salarial”.Na comparação com o mesmo mês de 2008, a massa salarial(multiplicação do número de ocupados pelo salário médiorecebido) passou de uma queda de 2,9% em agosto para 3,9% emsetembro, a maior da série histórica iniciada em janeiro de 2006.Segundo a CNI, o recuo na massa salarial mantém-se desde marçodeste ano.Na média do acumulado do ano, contra igual período de 2008, a massasalarial recuou 2,1%, a maior queda nessa base de comparação desde2006. Na comparação com agosto deste ano, a massa salarial cresceu2,7% em setembro.A CNI também informou que a utilização da capacidade instalada(UCI), dado dessazonalizado, chegou a 79,8% em setembro, um recuo de 0,4 ponto percentual nacomparação com agosto.Segundo a CNI, “a queda de setembro sinaliza um movimento deacomodação desse indicador, após dois meses seguidos de alta”.Para o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI,Flávio Castelo Branco, a queda de utilização da capacidadeinstalada em setembro, na comparação com agosto demonstra que aindústria tem folga para atender aumento da demanda por produtos,sem pressionar os preços.“Os dados mensais tempequenas oscilações”, acrescentou.