Liberação total da internet em campanhas políticas ganha apoio no Senado

09/09/2009 - 20h50

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As restrições àinternet previstas na emenda apresentada pelo relator da reformaeleitoral, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), foi contestada hoje (9)pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O peemedebista defendeu que seja retirada do texto qualquer restrição à produçãode conteúdo durante as campanhas políticas. A proposta está sendovotada neste momento no plenário do Senado e terá que voltar àCâmara antes de seguir para a sanção presidencial. Para que areforma vigore na próxima eleição, ela precisa ser sancionadaaté o próximo dia 2 de outubro. Jucá deixou claro quenão se trata de uma posição do governo e sim de um entendimentopessoal. “O governo não entra nisso, mas a minha posição pessoalé de liberdade total. É irreal, é inexequível querer cercear ainternet. Não adianta tentar proibir. Eu defendo a liberação totalda internet.”Além de Jucá, oslíderes do PT, Aloizio Mercadante (SP), e do PSDB, Arthur Virgílio(AM) também são contrários à emenda que estabelece as mesmasregras já existentes para rádio e televisão para os veículos deinternet. Mercadante apresentou uma emenda que propõe a retirada dequalquer restrição e obteve apoio de seu colega petista EduardoSuplicy (SP).“Na democracia, ainternet é como a praça, a rua. Não temos que tentar controlar oque não se pode e o que não se deve controlar. A proposta dosrelatores continua tentando controlar, restringir. Eu prefiroacreditar na liberdade da informação”, disse Mercadante.As restrições foramaprovadas na semana passada pelas comissões de Constituição eJustiça (CCJ) e Ciência e Tecnologia (CCT).