PMDB apresenta nesta semana representação contra líder do PSDB, diz Calheiros

03/08/2009 - 16h25

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar de ser umadecisão tomada pela bancada do PMDB, o líder Renan Calheiros (AL)afirmou hoje (3) que a representação ao Conselho de Ética contra olíder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), será protocolada “nodecorrer da semana”. Segundo ele, é necessário aguardar a presençaem Brasília dos parlamentares que começam a chegar após o recesso parlamentar.O texto darepresentação já está pronto e deve cobrar a apuração de trêsfatos que envolvem o líder tucano: o pagamento de salário a umfuncionário do seu gabinete enquanto ele fazia um curso noexterior; a legalidade do ressarcimento financeiro pelo Senado dosgastos da mãe do parlamentar com tratamento de saúde; e o socorrofinanceiro de cerca de US$ 10 mil concedido pelo ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maiaao tucano durante viagem ao exterior.Calheiros reafirmou quea iniciativa de representar contra Virgílio decorre do fato dele praticamente ter forçado o PSDB a representar contra o presidente do Senado, JoséSarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética. “O problema é que o Arthur Virgíliolevou o PSDB a tomar uma atitude e, diante disso, não poderíamosagir diferente.”O peemedebista negouque a iniciativa represente qualquer senha para intimidar outrossenadores que defendem o afastamento do presidente da Casa. “Não édo meu feitio telefonar para chantagear ou pressionar ninguém”,disse Calheiros à Agência Brasil.Essahipótese foi levantada por Virgílio. O tucano acreditaque possa estar sendo “usado” pelo líder do PMDB para intimidaroutros parlamentares. Ele afirmou que não renunciará aomandato mesmo que a representação siga adiante e um eventual pedidode cassação de seu mandato seja votado em plenário. “Nãorenuncio. Não há hipótese. Largo a política se eles [PMDB]tiverem força para isso tudo. Talvezestejam me usando para intimidar terceiros e quartos [senadores],mas não me intimidarão, continuarei a fazer denúncias.”