Diretor da Anvisa diz que passageiros do avião em que morreu adolescente serão monitorados

03/08/2009 - 17h29

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor-presidente da Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa), Agenor Alvares, afirmouhoje (3) que não está descartada a hipótese deque a adolescente Jaqueline Ruas, que morreu ontem (2) num voo devolta dos Estados Unidos, estivesse infectada por influenza A (H1N1)– gripe suína.Alvares explicou que o teste rápidorealizado na jovem, ainda nos Estados Unidos, é consideradopela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)de eficácia de 50%. “A própria OrganizaçãoPan-Americana da Saúde reconhece que 50% dos resultados doteste rápido são falsos”, disse.Diante desse dado, o governo brasileiro vai manterem observação todas as pessoas que estavam a bordo doavião que trazia Jaqueline de volta de uma excursão àDisney World. Alvares afirmou, ainda, que se a mesma situaçãoocorresse no Brasil, qualquer passageiro seria impedido de embarcarse apresentasse os sintomas da gripe suína. “Jáorientamos várias pessoas a não embarcarem porapresentar sintomas de gripe.”Segundo a empresa responsável pela excursãoque levou a adolescente aos Estados Unidos, Tia Augusta Turismo,Jaqueline viajou para a cidade de Orlando, no estado da Flórida,no dia 19 de julho e passou mal, com sintomas de gripe e náuseas,no dia 30, quando foi encaminhada a um hospital da cidade. O resultado dos exames a que foi submetida foinegativo para gripe suína e, com isso, a adolescente foiliberada para viajar de volta ao Brasil. Ela se sentiu mal durante ovoo e chegou a ser atendida no avião por dois médicos,mas morreu antes do avião aterrissar. No aeroporto de Guarulhos, o corpo da jovem foiencaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade, ondefoi diagnosticada uma pneumonia.