Capes cria Observatório da Educação Escolar Indígena

03/08/2009 - 11h58

Christina Machado
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Adiversidade presente em 215 tribos indígenas que falam 180idiomas diferentes será apresentada, a partir de agora, emsala de aula, por meio do Observatório da EducaçãoEscolar Indígena. A medida foi instituída pelaCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal deNível Superior (Capes), no âmbito do ProgramaObservatório da Educação, e está naedição de hoje (3) do Diário Oficial daUnião.O objetivo é fortalecer a formaçãode profissionais da educação básicaintercultural dos povos indígenas. O programa seráimplementado em parceria com a Secretaria de EducaçãoContinuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) doMinistério da Educação e o Instituto Nacional deEstudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Abase de organização dos projetos foram os chamadosterritórios etnoeducacionais, áreas ocupadas por povosindígenas que se relacionam entre si, por meio de raízessociais e históricas, políticas ou econômicas, ouainda por filiações linguísticas ou valores epráticas culturais compartilhados. O primeiro territóriodefinido foi o do Rio Negro, formado por 23 povos dos municípiosde São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do RioNegro, no Amazonas. A previsão é de que 18 territóriosse organizem.De acordo com o presidente da Capes, JorgeGuimarães, o desenvolvimento da educaçãoindígena é um dos pilares do novo Estado brasileiro. Osecretário de Educação Continuada, Alfabetizaçãoe Diversidade do MEC, André Lázaro, destaca que oprocesso de formação de professores estáadiantado. Segundo ele, 90% dos docentes envolvidos na educaçãoindígena são índios e é necessáriomelhorar qualidade da formação desses profissionais.