Índios exigem demarcação de reservas até o fim do mandato de Lula

05/05/2009 - 19h57

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - “Acabou a paciência,o momento é este”. Assim resumiu Ramon Terena, liderançaindígena de Mato Grosso do Sul, quanto a expectativa de que ogoverno cumpra os processo demarcatórios de terra indígenasem diversas regiões do país.Ramon Terena faloudiretamente para o ministro da Justiça, Tarso Genro, e para opresidente da Fundação Nacional do Índio(Funai), Márcio Meira. Os dois estiveram presentes no Acampamento Terra Livre, montado na Esplanada dos Ministérios,com a participação de 113 etnias indígenas.Além, dademarcação, os índios mostraram-se preocupadoscom a criação do novo estatuto dos povos indígenase com impactos das obras do PAC sobre as reservas . “Esse processode desenvolvimento favorece os empresários. Ficamos sócom os impactos”, disse Sônia Boni, liderança Guajajara do Maranhão.Após a fala decerca de dez lideranças indígenas, o ministro daJustiça garantiu que dará continuidade àpublicação das portarias declaratórias, queinicia o processo de demarcação. Seguindo Genro, jáforam feitas 29 portarias para a demarcação de terrasindígenas e há grupos de trabalho fazendo estudo paranovas demarcações. “Nós vamos continuarfazendo demarcações”, disse.O ministro da Justiçaadmitiu que existe um “processo de resistência dostribunais” contra as demarcações. Tarso Genro tambémgarantiu às lideranças indígenas que caso haja“qualquer equívoco na Polícia Federal [no tratamentode conflitos envolvendo povos indígenas] é um desvio deconduta. Não é uma determinação”,afirmou.As liderançasindígenas entregaram ao ministro da Justiça, TarsoGenro, uma carta com uma série de reivindicações,entre elas, à do cumprimento do prazo das demarcaçõesde terras em Mato Grosso do Sul