Trabalhadores querem alertar governo sobre necessidades do setor de amianto

16/04/2009 - 11h58

Lourenço Canuto*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Trabalhadores ocupam hoje (16) a Esplanada dos Ministérios emprol da manutenção de empregos, na área demanipulação do amianto, na cidade de Minaçu(GO), onde está localizada a única mina do país.A manifestação foi organizada pela ComissãoNacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA), em conjunto comcentrais sindicais.Segundo AdilsonSantana, a finalidade do movimento é chamar a atenção do governo e dos poderesLegislativo e Judiciário para "as necessidades dostrabalhadores, nessa atividade que gera 170 mil empregos diretos eindiretos no país."O vice-presidente daComissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto, AdilsonSantana, que participa da manifestação, disse ementrevista ao programa Revista Brasil, da RádioNacional que "a experiência adquirida nos últimos20 anos no trato com o mineral permite que se possa trabalhar com elecom segurança". Para Adilson, "a experiênciaobtida pode inclusive ser aproveitada no trato com outros produtos igualmente tidos como nocivos à saúde, a exemplo dourânio ou do chumbo". "São muitas centenas osprodutos do solo que podem agredir a saúde, mas que, cominvestimentos dos empresários na segurança dotrabalhador, têm condições de ser manipuladoscom segurança para a saúde".Ele é usado nafabricação de telhas e de caixas-d'água. Segundo a CNTA, o amianto foi abolido em quatro estados brasileiros e não é utilizado em 44 países. O assuntoconta com a preocupação do ministro do Meio Ambiente,Carlos Minc, que assinou portaria proibindo o uso de materiaiscontendo amianto em qualquer construção ou bem compradopelo ministério e por seus órgãos vinculados. Para a OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS), o amianto está classificadoentre 200 produtos nocivos à saúde, e é apontadopor ela como responsável por doenças pulmonares quelevam ao câncer.