Fiesp aponta tendência de retração na economia este ano

16/04/2009 - 17h04

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Produto Interno Bruto (PIB, soma detodos os bens e riquezas produzidos no país) deverá ter retração entre 1% e 1,5% no primeiro trimestre,segundo estimativa da Federação das Indústriasdo Estado de São Paulo (Fiesp).

Caso esse cenário se confirme,ressalta o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o crescimento econômicodos próximos trimestres terá que se igualar aosmelhores números do ano passado – em torno de 1,7% – paraevitar que o PIB fique negativo este ano. “Dificilmente teremoscrescimento este ano”, destacou Skaf.

A Fiesp apresentou essa previsãodurante a entrevista de lançamento do Plano de Açãocontra a Crise, elaborado pelo Fórum Nacional. Coordenado peloex-ministro do Planejamento João Paulo Veloso, o documento éuma iniciativa de representantes empresariais que propõemsoluções para o enfrentamento da crise .

Apesar das estimativas da Fiesp, umadas principais metas do plano é alcançar crescimentoeconômico de 2% este ano. Para atingir esse objetivo, o planopropõe ações em duas frentes. A primeira écomposta de medidas imediatas, como garantia do crédito,preservação da renda, superação davulnerabilidade externa e aceleração da construçãode usinas hidrelétricas.

A outra frente prevê açõesde médio e longo prazos. Nesse ponto, o plano destaca aimportância da desoneração tributária comoforma de incentivar o setor privado e o desenvolvimento tecnológicopara melhor aproveitamento dos recursos naturais.

Durante o lançamento do Planode Ação contra a Crise, Reis Veloso desconsiderou asestimativas pessimistas. “Previsão em economia nãoexiste”, disse o ex-ministro. Segundo ele, são necessáriasatitudes fortes para reverter o possível cenário derecessão. “Você já viu um time que sójoga na defesa ganhando jogo?”, questionou.

Reis Veloso informou que assugestões apresentadas hoje (16) já foram entregues aopresidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ao governador de SãoPaulo, José Serra, além de outros governadores eprefeitos.