Lula visita terminal de regaseificação da Baía de Guanabara

18/03/2009 - 6h51

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente Luiz Inácio Lula daSilva conhece hoje (18), no Rio de Janeiro, o terminal deregaseificação de gás natural liquefeito (GNL) da Baía de Guanabara. Juntamente com o terminal de Pecém(CE), a obra colocará à disposição do mercado cerca de 21 milhões de metros cúbicosdiários de gás natural – o equivalente a dois terços de todo o produto importado atualmente da Bolívia - cerca de 30 milhões de metros cúbicos pordia.Nos planos da Petrobras, o GNL deverá ser utilizado, quando necessário, nas usinas termelétricas do paísem caso de escassez de água para suprir a demanda energética. Para a diretora de Gás e Energiada Petrobras, Maria das Graças Foster, a planta de GNL da Baía de Guanabaradesafoga e diversifica a capacidade da empresa de atender à demanda interna.“Porque ela dá um lastro muitogrande à nossa necessidade e demanda pelo gás natural. Nós temos um suprimentoconstante da Bolívia, mas é muito conveniente que o Brasil disponha de outra fonte, além do insumo que vem da Bolívia e do própriogás nacional. Isso significa mais 21 milhões de metros cúbicos/dia de segurançaenergética”.O primeiro terminal de GNLdisponibilizado pela Petrobras, já em operação comercial, foi instalado noPorto de Pecém (CE). Os dois terminais - cujas obras fazem parte do Plano deAceleração do Crescimento ( PAC) - marcam a entrada da empresa no mercadointernacional desse gás, garantindo ao Brasil  novas fontes de suprimento.As obras de construção emontagem do terminal na Baía de Guanabara foram iniciadas em dezembro de 2007 e concluídasem janeiro de 2009. Atualmente, o empreendimento está na fase de pré-operação,devendo estar comissionado (pronto para operar) ainda neste primeiro semestre. O investimento foi de R$ R$ 819 milhões, com a geração de cercade 1.700 empregos diretos.Os 14 milhões de metros cúbicos diários de gás natural quepodem ser regaseificados diariamente no terminal correspondem a quase o consumomédio do mercado térmico do país em 2008 (14.489 milhões de metros cúbicos/dia) e são suficientes para gerar cerca de 3 mil megawatts (MW). A produção atenderá prioritariamente as usinas termelétricas da Região Sudeste.Segundo a Petrobras, o gás natural originado do GNLcomplementará a oferta nacional de gás natural, que hoje tem sua demanda atendidapelo gás nacional produzido pela estatal e pelo importado da Bolívia. “Com oGNL, a Petrobras passa a importar o produto de outros países, comoTrinidad e Tobago e Nigéria”, informou a empresa.