Lula diz que depoimento de Dilma no Senado acalmou a oposição

09/05/2008 - 22h43

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao lançar plano para revitalizar a produção cacaueira na Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (9), em Ilhéus (BA), que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, acalmou a oposição.“A oposição está mais calma, mais tranqüila. A Dilma agora no Senado deu uma acalmada no pessoal”, afirmou. A ministra prestou depoimento à Comissão de Infra-Estrutura do Senado, na última quarta-feira (7), onde falou do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do suposto dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.Mais cedo, em uma cerimônia na cidade baiana de Lauro de Freitas, Lula comentou sobre o depoimento e disse que quem fala a verdade “conversa até com o diabo sem medo”.Em Ilhéus, a ministra Dilma discursou antes do governador da Bahia, Jacques Wagner, “atendendo pedidos”, segundo o locutor da cerimônia. Ela falou sobre ações do governo. Em seguida, Wagner discursou.O presidente disse também que o programa Territórios da Cidadania é perfeito. “Eu nunca vi nada tão perfeito como o Território da Cidadania”, disse. “Vamos entrar com programas de 19 ministérios em cada cidade mais pobre do país para resolver esse problema”, completou. A oposição criticou o lançamento do programa em ano eleitoral.Ainda em Ilhéus, o presidente afirmou que a economia precisa crescer para atender a demanda de consumo da população e evitar a inflação.O Plano de Desenvolvimento e de Diversificação Agrícola na Região Cacaueira da Bahia, lançado hoje (9), tem o objetivo de melhorar a lavoura de cacau e estimular o investimento em culturas alternativas, como seringueira e o dendê. De acordo com a Presidência da República, serão investidos cerca de R$ 2,2 bilhões até 2016, que atenderão 25 mil produtores. O programa prevê renegociação das dívidas do setor, que totaliza R$ 963,5 milhões, com diminuição de impostos e prazo adicional para pagamento em até 17 anos. Lula participou também de evento em Salvador, onde defendeu mudanças na lei de licitações.Segundo ele, a legislação atual dificulta a realização de obras públicas.