Lula pede que Bush venha ao Brasil participar de conferência sobre biocombustíveis

29/01/2008 - 20h17

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula pediu hoje (29) ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush que venha ao Brasil participar de uma conferência sobre biocombustíveis a ser realizada em São Paulo em novembro. Os dois tiveram uma conversa telefônica.Segundo o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, Lula falou também sobre a possibilidade de Bush receber empresários do Fórum de Líderes Empresariais, que irão aos Estados Unidos em março.Sobre o primeiro evento, o presidente norte-americano disse que vai examinar a proposta e não exclui sua participação. Em relação ao segundo, pediu mais informações técnicas e afirmou que analisará a possibilidade de receber os empresários na Casa Branca.O presidente brasileiro propôs ainda a Bush uma reunião em abril, na Europa, data em que os dois estarão no continente. "Bush respondeu que está aberto para coordenar agendas e tornar possível a reunião na Europa", afirmou Baumbach.Durante a conversa, Lula intercedeu com Bush em favor da Bolívia e pediu ao líder norte-americano que prorrogue a ATPDEA, uma lei americana de promoção comercial e de erradicação de drogas por meio da qual os Estados Unidos concedem benefícios tarifários para a Bolívia.Na conversa, Lula mencionou que a lei é responsável por cerca de 80 mil empregos na Bolívia. De acordo com o porta-voz, Bush respondeu a Lula que está de mente aberta para a possível renovação dessa lei, mas que a aprovação não depende apenas dele, pois o assunto passa também pelo congresso americano.Os presidentes trataram também da Rodada Doha. "Lula lembrou da importância dos Estados Unidos no contexto dessas negociações e pediu que fizessem um esforço adicional no sentido de levar as negociações a um bom termo", afirmou Baumbach.Lula também falou a Bush sobre a importância de uma reunião de líderes políticos para dar maior impulso a Rodada Doha e disse ter percebido novo ímpeto em favor da conclusão rápida das negociações. O Brasil defende a redução dos subsídios agrícolas por parte dos Estados Unidos e da União Européia.Segundo o porta-voz, os presidentes não conversaram sobre a crise econômica norte-americana.